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Newsletter diária • 29 nov 2021

 
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A Ómicron já chegou a Portugal

 
 

Edição por Alexandra Antunes

A Ómicron, variante detetada pela primeira vez na África do Sul, a semana passada, já chegou a Portugal. Em comunicado conjunto, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Direção-Geral da Saúde (DGS) revelaram que ensaios preliminares efetuados permitiram identificar 13 casos associados aos jogadores do Belenenses SAD. Um dos casos positivos terá tido uma viagem recente ao país onde tudo começou.

De acordo com Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, os casos confirmados da Ómicron em Portugal não são exclusivamente em jogadores, adiantando que também há casos no ‘staff’ e que os contactos de todos os que testaram positivo serão submetidos a um plano de testagem "muito rigoroso".

"Por forma a garantir a quebra de cadeias de transmissão e seguindo o princípio da precaução em Saúde Pública, enquanto se aguardam mais informações relativamente à transmissão, impacto e efetividade vacinal contra a variante Ómicron, as Autoridades de Saúde determinaram o isolamento profilático dos contactos dos casos de infeção associados a este surto, independentemente do estado vacinal e do nível de exposição", refere a nota emitida esta manhã.

O INSA analisou ainda amostras provenientes de 218 passageiros de um voo com origem em Maputo, que aterrou no dia 27 de novembro, no aeroporto de Lisboa. Quanto a este voo, apenas se detetaram dois positivos: um está associado à variante Delta e o outro não permitiu a correta identificação.

As autoridades de saúde referiram, contudo, que "não existem ainda quaisquer dados científicos que suportem a sua maior transmissibilidade ou a sua capacidade para diminuir a eficácia das atuais vacinas".

Apesar disso, é essencial reforçar "a vigilância epidemiológica, aplicando medidas de controlo, com o isolamento profilático dos contactos de casos de infeção pela variante Ómicron ou com história de viagem à África Austral nos 14 dias anteriores, independentemente do estado vacinal, pelo princípio da precaução em Saúde Pública".

Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) veio alertar hoje que o risco global representado pela nova variante Ómicron do coronavírus é "muito alto", num relatório sobre esta nova variante do SARS-CoV-2.

Tendo em conta as altas mutações da Ómicron, com potencial para ser mais resistente à imunização e mais contagiosa, o risco da variante ser transmitida mundialmente é "alto", refere o documento da OMS.

"Pode haver novas ondas de covid-19 com consequências graves, dependendo de muitos fatores, como os locais onde essas ondas ocorrem", acrescenta.

Perante estes riscos, a OMS pede aos estados-membros que tomem algumas medidas prioritárias, incluindo "acelerar a vacinação contra a covid-19 o mais rápido possível, especialmente entre a população de risco que permanece não vacinada".