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Newsletter diária • 12 jan 2022

 
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A pandemia mental

 
 

Edição de Pedro Soares Botelho

  • Um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluiu que a maioria dos participantes com sintomas de depressão e ansiedade relacionou o seu agravamento com a pandemia da covid-19.
  • A informação, recolhida entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021, permitiu aos investigadores concluir que dos 929 participantes, 26,9% apresentaram sintomas de ansiedade, 7% de depressão e 20,4% ambos os transtornos, “sobretudo após o início da pandemia”. A par disso, 23,1% dos participantes desenvolveu sintomas de ansiedade num nível moderado e 17% de depressão, também num nível moderado.
  • “Não esperava encontrar uma prevalência tão alta, dado que temos uma população altamente escolarizada que esteve mais resguardada dos impactos económicos e sociais que a pandemia fez prevalecer no nosso país”, afirmou Ana Sofia Aguiar. Segundo a investigadora, “a grande maioria dos participantes (521) relacionou o agravamento dos sintomas de ansiedade e depressão com a pandemia”.
  • Face aos resultados obtidos, Ana Sofia Aguiar destacou que “continua a haver uma necessidade enorme de se investir na saúde mental”. “Neste momento, ainda existe estigma e mística em torno do que é a saúde mental. Isto é muito mal-encarado pela população em geral e esse ainda é o problema”, disse.
  • Outro estudo, também do Porto, mostra que durante o primeiro confinamento provocado pela covid-19, em 2020, o consumo de substâncias para melhorar o desempenho e a imagem pessoal aumentou em Portugal. O estudo internacional, publicado na revista científica Frontiers in Psychiatry e que envolveu investigadores da FMUP e da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUP), recolheu dados de participantes de sete países.
  • A investigação visava avaliar o impacto das medidas restritivas impostas pela pandemia na autoimagem e prática de exercício físico excessivo, bem como no consumo de substâncias. Entre as substâncias em avaliação destacam-se os “esteroides anabolizantes, estimulantes sexuais, hormonas de crescimento, vitaminas, suplementos, laxantes, chás, infusões, anfetaminas”.
  • Durante o primeiro confinamento provocado pela covid-19 (abril e maio de 2020) os portugueses “foram os que mais iniciaram o consumo destas substâncias”.
  • Segundo a investigadora Irene Carvalho, as substâncias mais utilizadas foram as vitaminas, proteínas, cafeína, chás e infusões, seguidas dos ácidos ómega: “A questão é que são substâncias que, apesar de não causarem efeitos psicotrópicos, as pessoas têm dificuldade em deixar de as usar. Não tem tanto a ver com a substância e as suas propriedades, mas com a utilização que delas é feita, não por questões de saúde, mas por causa da aparência e desempenho”, referiu.
  • A investigadora salientou que o risco do consumo destas substâncias reside no propósito da sua utilização, especialmente na era da Internet, em que “estes produtos são vendidos como soluções mágicas e rápidas numa publicidade não só enganosa, mas agressiva”. “Esta é que é a questão: as pessoas lançam-se nesta aventura com a melhor das intenções, sem supervisão médica e sem saber o que está a acontecer. Aqui reside o perigo e o problema”, observou.
 
 
Patrícia Reis
 
 

O amor é uma coisa antiga, é misterioso e invisível. Nos dias em que vivemos, é uma raridade. Quando alguém que não tem ainda 50 anos celebra 25 de casado, admiramos, aplaudimos – há quem inveje, mas sobre isso não vale a pena discorrer muito; os invejosos são uma das pragas mais mortíferas da humanidade – e há quem fique perplexo, a ponderar na possibilidade real de andar de mão dada com outra pessoa uma vida inteira. Parece coisa de filme. Parece impossível e, acima de tudo, uma imensa carga de trabalhos sem grande glamour ou gratificação associada.  Continuar a ler

 
 
 
Covid-19: Certificados de vacinação já integram doses de reforço e validade passa a 9 meses
 
 

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A dose de reforço já foi integrada nos certificados de vacinação, que passam a ter nove meses de validade, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

 
 
 
Banco Central Europeu investiga relação entre presidente do Novo Banco e Luís Filipe Vieira
 
 

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O supervisor europeu está a proceder a uma avaliação à idoneidade de António Ramalho, investigando também a relação entre o presidente executivo do Novo Banco e o ex-líder do Benfica, Luís Filipe Vieira. O BCE tomou este caso depois de o Banco de Portugal lhe passar a responsabilidade.

 
 
 
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O tenista sérvio Novak Djokovic admitiu hoje ter cometido "erro humano" no preenchimento dos documentos para entrar na Austrália e ao dar uma entrevista a um 'media' desportivo quando já testara positivo à covid-19.

 
 
 
Estado português vai gastar quatro vezes mais do que nas presidenciais para reforçar voto antecipado nas legislativas
 
 

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Os custos associados ao voto antecipado nas eleições presidenciais de 2021 foram de 175 mil euros. Nestas legislativas, o valor projeta-se nos 677 mil euros para financiar o reforço das mesas dedicadas ao voto antecipado.

 
 
 
Debate: Pouco mel e muito fel entre PS e Bloco. Costa atira culpas pela crise política e Catarina Martins fala em "intransigência negocial"
 
 

Atualidade

 

Um debate cerrado entre Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) e António Costa, secretário-geral do Partido Socialista (PS), moderado por João Adelino Faria, na RTP, trouxe acusações de parte a parte. Para Costa, o BE abriu a atual crise política por cansaço da “Geringonça” e por querer ser partido de protesto, enquanto a coordenadora bloquista acusou os socialistas de intransigência negocial nesta legislatura. Afinal, quem foi responsável pela atual crise política provocada pelo chumbo do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade? E como vai ser o país nos próximos anos? À esquerda, as visões mostram-se diferentes.