Ano letivo vai mesmo arrancar com milhares de alunos sem aulas
Edição por Ana Damázio
Num seminário de abertura do ano escolar, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu que o novo ano letivo vai arrancar com “milhares de alunos sem aulas”, sublinhando que se trata de uma “falha grave” da escola pública que o Governo quer resolver até ao final da legislatura.
O ministro não concretizou o número de alunos sem professor no início do ano letivo, mas referiu que o concurso de professores lançado pelo ainda Governo PS “não resolveu o problema, provavelmente agravou-o”.
“Ou seja, continuamos a ter milhares de alunos sem aulas e estamos a tomar medidas que, antecipando os problemas que tínhamos, começámos a preparar logo em junho. Ontem anunciámos mais uma medida e na próxima semana haverá mais medidas”, referiu.
Para o governante, “não é aceitável que em 2024 haja milhares de alunos sem aulas em Portugal”. O objetivo é reduzir, este ano, em 90%, os 20 mil alunos que não tiveram professor a, pelo menos, uma disciplina no primeiro período do ano letivo passado.
Para o efeito, e na perspetiva de Fernando Alexandre, os diretores das escolas também terão “um papel essencial”, já que “há uma dimensão significativa do problema que resulta da gestão, seja da organização dos horários ou da capacidade da contratação das próprias escolas”.
O ministro garantiu que estão a trabalhar “todos os dias para que o ano letivo decorra com a maior normalidade possível”, mas admitiu que “um problema estrutural que se agravou nos últimos oito anos não se resolve de um momento para o outro”.
Na próxima semana serão anunciados os termos em que será aplicado o subsídio à deslocação dos professores, bem como os termos do concurso extraordinário para as escolas em que há alunos sem professores, que estão a ser negociados com os sindicatos.
Para já, sabe-se também que há "centenas" de professores aposentados que já “manifestaram interesse” em voltar a lecionar, para tentar ajudar a resolver o problema.
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