António Costa regressa ao "campo de tiro"
Edição por António Moura dos Santos
O fim dos debates quinzenais fez com que António Costa se deslocasse tão poucas vezes à Assembleia da República que, da última vez que foi chamado para um debate de política geral, PEV e CDS-PP ainda tinham representação parlamentar, as eleições autárquicas tinham acabado de ocorrer, o OE2022 ainda não tinha sido chumbado (provocando legislativas antecipadas) e a guerra na Ucrânia era uma vaga possibilidade e não um acontecimento absolutamente paradigmático dos nossos tempos.
Foi a 7 de outubro de 2021 e o debate com o primeiro-ministro foi marcado pela futura aplicação do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência, os problemas do Serviço Nacional de Saúde, a venda das barragens da EDP, a TAP, a polémica da exoneração nas Forças Armadas e a fuga de João Rendeiro.
Se alguns destes temas o tempo tratou de sanar — a questão das Forças Armadas não passou de um “faux pas” facilmente esquecível e o caso Rendeiro teve o pior desfecho possível —, os mais estruturais, como o SNS ou a TAP, perduram. E é por isso que vão, muito provavelmente, voltar a ser questões hoje em debate em São Bento.
Volvidos 258 dias desde a última sessão da mesma natureza, Costa regressa à Assembleia da República com o intuito de responder às perguntas dos deputados, ou seja, regressa ao "campo de tiro" naquele que vai ser o primeiro debate sobre política geral da XV legislatura e que será aberto pelo líder parlamentar do PSD.
O debate começará com as perguntas dos sociais democratas e fonte oficial do partido disse à Lusa que o ainda presidente do partido, Rui Rio (que cessará funções no primeiro fim de semana de julho), não fará qualquer intervenção, cabendo ao líder parlamentar, Paulo Mota Pinto, abrir o debate com o primeiro-ministro.
Seguem-se perguntas das bancadas do Chega, IL, PCP e BE e dos deputados únicos do PAN e do Livre, fechando a primeira ronda com questões do PS.
A segunda ronda abrirá com os socialistas, seguindo-se os restantes partidos por ordem decrescente de representação, num debate com um total de três horas previstas de discussão.
O tema da saúde deverá dominar o debate, depois de vários encerramentos pontuais de urgências obstétricas nos últimos dias e muitas críticas da oposição, a par de outros assuntos de atualidade, como as filas registadas nas chegadas aos aeroportos portugueses, ou a situação económica de incerteza com a subida da inflação e das taxas de juro.
Depois do debate geral, o primeiro-ministro protagonizará ainda o debate preparatório do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira e que terá como tema central a discussão da concessão do estatuto de candidato à Ucrânia e à Moldova.
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