Aos 1000 dias de guerra, Putin assina decreto que permite uso de armas nucleares
Editado por Beatriz Cavaca
Vladimir Putin assinou um decreto para autorizar o uso mais alargado de armas nucleares, confirmam vários meios internacionais.
Esta decisão acontece depois do Kremlin considerar ontem imprudente a decisão do presidente Joe Biden permitir que a Ucrânia disparasse mísseis americanos contra a Rússia e alertar que Moscovo responderá.
Segundo vários meios da imprensa internacional, o decreto presidencial que aprova a nova doutrinal nuclear russa foi tornado público apenas hoje.
A nova doutrina russa altera os cenários em que Moscovo considera justificável o recurso a armas nucleares.
Este conjunto de cenários inclui agora a “agressão contra a Federação Russa e os seus aliados por um estado não-nuclear com o apoio de um estado nuclear”, bem como ataques não-nucleares de grande escala, refere a publicação ucraniana.
Esta nova doutrina nuclear é anunciada num dia que marca o milésimo dia desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022. Para honrar este marco histórico, as cores da Ucrânia estão a brilhar nos edifícios das instituições europeias em Bruxelas e Estrasburgo.
Em agosto deste ano, quase 12.000 civis foram dados como mortos na Ucrânia, de acordo com dados da ONU. A UNICEF afirma que pelo menos 2.406 eram crianças.
Mais ainda, de acordo com as estimativas, cerca de 80.000 soldados ucranianos morreram em combate desde 2022.
O SAPO24 vai estar a acompanhar este assunto ao longo desta terça-feira.