As primeiras esperanças (e desilusões) das olimpíadas
Edição por Pedro Soares Botelho
A estreia portuguesa em torneios oficiais de modalidades coletivas de pavilhão (o hóquei em patins tinha sido modalidade de demonstração em Barcelona1992), não foi auspiciosa e a equipa nacional saiu derrotada pelos africanos. Na primeira jornada do grupo B, os egípcios venceram por 37-31 e tornaram azeda a estreia, algo que os comandados de Paulo José Pereira quererão emendar na segunda-feira, com o Bahrain, para tentarem ser um dos quatro primeiros classificados de cada uma das ‘poules’.
A judoca Catarina Costa ficou às portas do pódio na estreia em Jogos Olímpicos, cedendo numa 'chave de braço' para a mongol Urantsetseg Munkhbat o último ‘bronze’ na categoria -48 kg, tendo de contentar-se com o primeiro diploma da missão portuguesa em Tóquio2020. A atleta de Coimbra, de 24 anos, fez sonhar os portugueses no Nippon Budokan, ao fazer valer as credenciais de oitava classificada no 'ranking' mundial para bater a azeri Aish Gurbanli, primeiro, e depois a chinesa Li Yanan. Perdeu, depois, para a ucraniana, e favoritíssima, Daria Bilodid, antiga sportinguista, e seguiu para o caminho da repescagem, onde voltou a elevar-se e ao seu melhor nível, batendo a argentina e campeã mundial Paula Pareto, sexta judoca mundial, antes de cair perante a mongol, no primeiro grande momento de Portugal nestes Jogos.
Muitas das esperanças de um bom resultado no primeiro dia com portugueses em ação, a seguir à Cerimónia de Abertura de sexta-feira, recaíam sobre o lutador de taekwondo Rui Bragança, em -58 kg, mas o vimaranense não conseguiu passar do primeiro combate. Uma derrota por 24-9 com o espanhol Adrián Vicente Yunta, no Makuhari Messe Hall A, deixou o atleta, de 29 anos, pelo caminho, sem hipótese de repescagem, após posterior eliminação de Yunta. Bragança não conseguiu repetir ou melhorar o nono lugar do Rio2016, quando venceu um combate, caindo logo à primeira tentativa.
Melhores notícias surgiram no ténis de mesa, onde Shao Jieni protagonizou uma recuperação épica para avançar para a segunda ronda de singulares, na terça-feira, ante a sueca Christina Källberg, igualando, pelo menos, o que tinha feito no Rio2016. No Ginásio Metropolitano de Tóquio, a atleta portuguesa, de 27 anos, 63.ª do ranking olímpico, ultrapassou a rival nórdica, 149.ª, de 21 anos, pelos parciais de 8-11, 9-11, 10-12, 11-6, 11-5, 11-8 e 11-6.
Também no ciclismo surgiram bons resultados, com a estreia auspiciosa de João Almeida em Jogos Olímpicos, ao igualar o terceiro melhor registo português de sempre na prova de fundo masculina, um 13.º lugar, só superado por Rui Costa no Rio2016, com o 10.º posto, e pela prata de Sérgio Paulinho em Atenas2004. Almeida chegou em 13.º, a 3.03 minutos do vencedor, o equatoriano Richard Carapaz, enquanto Nelson Oliveira foi 41.º, a 10.12, nos terceiros Jogos: abandonou no Rio2016 e foi 69.º em Londres2012, no fundo, com um sétimo lugar no contrarrelógio de há cinco anos.
No ténis, registou-se uma dupla derrota, com Pedro Sousa em singulares, caindo ante o espanhol Alejandor Davidovich Fokina, 16.º favorito, por 6-3 e 6-0, e depois em pares, com João Sousa, frente aos japoneses Kei Nishikori e Bem McLachlan, por 6-1 e 6-4. Sobra em prova João Sousa, 137.º do mundo, contra o checo Tomas Machac, 145.º tenista mundial, após um dia em que, no equestre, a equipa de ensino cumpriu o primeiro de dois dias de qualificação no quinto posto, entre oito lugares elegíveis para a final, da tabela por equipas, graças aos contributos de Maria Caetano e Rodrigo Torres.
Primeiros a entrar em ação, os remadores portugueses Pedro Fraga e Afonso Costa falharam o apuramento direto para as meias-finais de double-scull ligeiro, por serem terceiros na eliminatória, seguindo para as repescagens, em que terão de ser uma das três melhores duplas da sua série para chegar às meias-finais.
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