As tropas russas e os "crimes hediondos"
Edição por Alexandra Antunes
A organização dos direitos humanos Human Rights Watch denunciou, no domingo, que foram feitas “execuções sumárias”, entre outros “abusos graves” que podem configurar crimes de guerra, nas zonas da Ucrânia sob controlo russo.
Um dos casos que despertou à atenção foi o que terá acontecido na cidade de Bucha, a noroeste da capital ucraniana: cerca de 300 pessoas foram enterradas em valas comuns.
Por isso, a presidente da Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação da União Europeia a alegados crimes cometidos em Bucha e noutras cidades ucranianas pelas tropas russas.
“Esta tarde falei com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre os terríveis assassínios que foram descobertos em Busha e noutras áreas de onde as tropas russas saíram recentemente. Transmiti-lhe as minhas condolências e assegurei-lhe o total apoio da Comissão Europeia nestes tempos terríveis”, afirma Ursula von der Leyen, numa declaração hoje publicada.
Vincando que “os perpetradores destes crimes hediondos não podem ficar impunes”, a líder do executivo comunitário anuncia que “a UE criou uma equipa de investigação conjunta com a Ucrânia para recolher provas e investigar crimes de guerra e crimes contra a humanidade”.
“As imagens angustiantes não podem e não serão deixadas sem resposta”, salienta.
Também hoje, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, tinha anunciado que a UE iria começar a preparar, com urgência, novas sanções à Rússia, condenando “as atrocidades” cometidas pelas tropas de Moscovo na Ucrânia.
A Ucrânia é um país de várias línguas e o ucraniano é uma língua próxima das línguas dos vizinhos. Será esta uma situação excepcional? Continuar a ler