Se não conseguir ver esta newsletter clique aqui.

 
Image

Newsletter diária • 30 out 2023

 
Facebook
 
Twitter
 
Instagram
 
 
 

Até quando o SNS vai aguentar as negociações sem ceder?

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

O dia, ou melhor o mandato, está a ser quente para Manuel Pizarro. O Ministro da Saúde começou a manhã na  Comissão de Saúde onde admitiu que o SNS tem um problema de organização.

"Temos um problema que faz com que os recursos estejam concentrados nas urgências. As horas de trabalho dos médicos, a maior parte, está alocada à urgência. Isso explica o porquê de em outras matérias assistenciais não consigamos responder", explicou Manuel Pizarro.

Atendendo a esta realidade já, a semana passada, o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto, considerou que a criação de equipas dedicadas às urgências exige incentivos como a criação de uma carreira.
“Não tenho dúvidas que, no médio e longo prazo, as equipas dedicadas são um caminho, como é um caminho retirar doentes da urgência. Para criar estas equipas dedicadas precisamos de incentivos e os incentivos são financeiros, mas não são só financeiros”, disse Nelson Pereira.
Já no início do mês o SAPO24 sentou-se à mesa das negociações e tentou perceber o que é preciso para fazer funcionar um serviço de urgências assente em horas extraordinárias. Na altura, a presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Joana Bordalo e Sá, garantiu que "os médicos não se recusam a fazer horas extraordinárias",  "recusam-se a fazer horas extra para além das 150" obrigatórias. O que significa que "estão a cumprir com o dever de cumprir a lei", resumiu.
Mas depois das negociações deste fim-de-semana, em comunicado, a FNAM, reagiu dizendo que "Manuel Pizarro ainda não foi capaz de um acordo digno e sem artimanhas escondidas nas cláusulas".
"Num momento em que se esperava uma resposta política à altura das circunstâncias, o resultado terá que ser convincente e não pode defraudar as expectativas dos médicos e da população. Além disso, tem que haver vontade política em resolver a situação catastrófica que se vive no SNS, com encerramento dos SU de adultos, pediatria e obstetrícia por todo o país", pode-se ler no comunicado.

Por outro lado, e mais confiante, o ministro da Saúde manifestou confiança de que serão dados "passos muito significativos" para encontrar com os sindicatos "um equilíbrio" que valorize a carreira e as condições de trabalho dos médicos sem diminuir a capacidade assistencial do SNS.

“Este é mesmo daqueles casos em que a negociação deve ser feita respeitando as partes à mesa da negociação”, vincou Manuel Pizarro, mas disse estar confiante: “Julgo que vamos dar passos muito significativos” para chegar a “uma articulação” e “um equilíbrio que poderia parecer, à partida, muito difícil”.

Segundo o governante, “é o equilíbrio entre reconhecer e valorizar a carreira médica e a carreira de outros profissionais de saúde que foram expostos durante a pandemia a um esforço absolutamente extraordinário e a quem depois da pandemia, o país pediu para trabalharem ainda mais para resolver os problemas assistenciais que a pandemia tinha causado”.

Contudo, enquanto Pizarro era ouvido na Comissão de Saúde o Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) iniciava uma greve às horas extraordinárias em Portugal continental até 25 de novembro, com a qual pretende que o Governo corrija a "estagnação salarial" dos profissionais.

Será este o início do agoiro de Fernando Araújo e novembro vai mesmo ser o pior mês dos últimos 44 anos no SNS?

 
 
 
 

 
 

No passado dia 13 de Outubro cheguei ao fim do meu mandato de Presidente da Childhood Cancer International (CCI), uma confederação de mais de 180 associações de Pais / sobreviventes / doentes de cancro pediátrico espalhada por mais de 80 países, em cinco continentes. Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

No mais recente episódio do podcast "A Vida Secreta das Línguas", de duas partes, Marco Neves conta a história da língua portuguesa em 12 palavras. Nesta primeira metade, ficamos a saber mais sobre a sua origem.

 
 
 
 

 
 

O discurso do Secretário-Geral, um modelo de concisão e imparcialidade, tem sido interpretado conforme os interesses e as ideologias em conflito Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

No último episódio do podcast Acho Que Vais Gostar Disto, Miguel Magalhães, Mariana Santos e João Dinis discutem a mais recente temporada de "Morangos com Açúcar". O fenómeno da televisão portuguesa regressou com muitas caras novas (e outras mais antigas), numa parceria entre a TVI e a Prime Video que estreou esta semana.