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Newsletter diária • 10 dez 2024

 
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Bacalhau, azeite e musgo. Menos ou mais este Natal?

 
 

Edição por Alexandra Antunes

Há tradições de Natal que não podem faltar: à mesa da consoada tem de haver bacalhau regado a azeite e por baixo da árvore lá aparece o presépio com o verde do musgo.

Todavia, este ano pode não ser bem assim em tudo. O Natal representa 30% das vendas de bacalhau, mas esta tradição pode ser afetada pelo preço, que corre o risco de atingir máximos em 2025, numa altura em que a indústria enfrenta “desafios históricos”.

Este ano, o preço do bacalhau para o comércio, sobretudo tradicional, voltou a subir, uma tendência que se verifica há vários anos devido a fatores como a decisão da União Europeia (UE) impor sanções económicas à Rússia devido à guerra na Ucrânia.

Além disso, as exportações de bacalhau da Noruega para Portugal desceram, este ano, nas várias categorias, mas o preço aumentou.

Já no azeite, há boas notícias: o preço deste "ouro líquido" diminuiu quase 30% este ano face a 2023, em resultado do aumento da produção mundial e da normalização da oferta.

No que diz respeito ao musgo, é necessário que a tradição mude e deixe de ser tão utilizado, como explicado neste artigo do SAPO24.

"Durante todo o ano há imensas pessoas a arrancarem muitas espécies de musgo, para várias práticas, a maioria delas estéticas. Basta olhar para montras durante todo o ano. Muitos não sabem, mas esta prática está a levar à destruição desta planta. Até o Menino Jesus agradece [que não seja utilizado]", explica o biólogo Tomás Martinho.

"Muitas espécies são protegidas por lei, a nível europeu foi proibida a sua apanha, sobretudo devido a uma prática que não é sustentável para a viabilidade do seu crescimento, que pode levar 20 anos a desenvolver-se. Mas infelizmente não existe um acompanhamento das autoridades para travarem este flagelo", acrescenta.

Assim, o musgo tem de ser "pensado como a pele do solo", que é também muito afetada devido aos incêndios, muito típicos em Portugal e que todos os anos destroem milhares de hectares. "Se a sua pele é destruída durante o verão, não podemos voltar a arrancá-la quando a pele está novamente a crescer".