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Newsletter diária • 20 set 2024

 
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Caso das gémeas: o que sabia Lacerda Sales?

 
 

Carla Silva, a ex-secretária pessoal de Lacerda Sales, começou esta sexta-feira por admitir ao deputado do PS João Paulo Correia, que conhecia os médicos do serviço de Pediatria e Neuropediatria do Hospital de Santa Maria, tendo em conta uma passagem anterior pelo Santa Maria.

Carla Silva admitiu também que não se recorda de marcar reunião entre Lacerda Sales e Nuno Rebelo de Sousa e diz que tendo em conta o tempo que passou, quatro anos, não se consegue lembrar.

Disse ainda aos deputados que antes de enviar os dados das crianças ao Santa Maria, telefonou à diretora do serviço de Pediatria “a pedido logicamente do secretário de estado da Saúde”.

“O que ficou combinado no telefone era que lhe iria enviar os dados”, disse Carla Silva.

“Perante a ordem que recebi do senhor secretário de estado, nunca me passou pela cabeça que houvesse alguma irregularidade”, revelou.

“Não fiz nada que o senhor secretário de Estado não soubesse ou não me tivesse pedido”, garantiu a antiga secretária.

Já a ser questionada por André Ventura sobre declarações feitas por Lacerda Sales, que a responsabilizou pela marcação da consulta das gémeas, disse apenas que não tem “nada a comentar”.

Confirmou também que reencaminhou para Lacerda Sales o email de Nuno Rebelo de Sousa que tinha relacionado outro email, de Daniela Martins, mãe das gémeas, em que esta agradece a Lacerda Sales o apoio dado às crianças.

Carla Silva diz igualmente que foi Lacerda Sales quem lhe deu o contato de Nuno Rebelo de Sousa e lhe pediu para recolher os dados das crianças com o filho do presidente.

Sobre a chamada que precedeu o e-mail, Carla Silva disse que “havia um pedido para uma avaliação clínica, uma consulta, a pedido logicamente do senhor secretário de Estado da Saúde na qual ficou combinado eu enviar os dados clínicos das crianças”. O envio do e-mail à diretora do departamento de pediatria do Hospital de Santa Maria “ficou combinado no telefonema com Ana Lopes”, sendo que “não iria transmitir dados clínicos de crianças por telefone”.