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Newsletter diária • 17 jun 2018

 
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Teremos sempre Paris. E por causa disso passámos a querer muito mais
 
 

Desporto

 

Quando neste dia 15 de junho de 2018 Portugal entrar em campo para defrontar a Espanha naquele que será o jogo de estreia da seleção nacional no Mundial de Futebol da Rússia há um conjunto de sentimentos novos a bater no peito dos 11 que entram em campo, dos 12 que ficam no banco e dos 11 milhões de portugueses que potencialmente se podem interessar pelo tema. Pela primeira vez na história do nosso futebol, entramos em campo com o estatuto de campeões. Não é apenas uma medalha, não foi apenas um jogo — foram 120 minutos que os futuros historiadores e psicólogos poderão avaliar quanto mudaram aquilo que costumamos designar como “a nossa maneira de ser”.

 
 
 
Nos anos da Troika, Paulo Bento podia ter sido o herói que Fernando Santos veio a ser
 
 

Desporto

 

Dois presidentes da FPF, Gilberto Madaíl e Fernando Gomes, dois Mundiais (África do Sul e Brasil) e um Europeu (Suíça-Áustria). Oitavos-de-final (2010), meia-final (2012) e uma passagem sem história pelo Brasil. Dois treinadores, Queiroz e Bento. O primeiro volta a falhar com os “graúdos” e para a história fica o “perguntem ao Carlos”. O segundo "não dava beijinho" e podia ter sido o herói que o treinador que o sucedeu veio a ser. Nos anos da crise mundial e da Troika, do “aumento brutal de impostos” e do “irrevogável”, Ronaldo, o melhor do mundo, ganhava títulos e bolas de ouro no clube, mas nada pela seleção. Onde chegou muitas vezes em más condições físicas.

 
 
 
Uma força que ninguém conseguiu parar. Só a Grécia.
 
 

Desporto

 

Primeiro: tropeção, vitória, vitória. Depois: Beckham atira a bola para o Tejo, Postiga à Panenka, Ricardo tira as luvas e Maniche marca o golo do torneio. E eis que estávamos na final. Nas ruas, janela a janela, varanda a varanda, coração a coração, tudo no país estava enfeitado e enfeitiçado por uma bandeira de Portugal. O adversário era a Grécia, a surpreendente Grécia, a inesperada Grécia. A única equipa que tinha conseguido derrotar a seleção das quinas no jogo de abertura e que, num Estádio da Luz repleto, voltou a relembrar a desilusão que ainda hoje perdura quando o tema passa por aquele que foi considerado pela própria UEFA como o “melhor Europeu de sempre”.

 
 
 
Mundial 2002 ou a história de um plano que afinal não era perfeito
 
 

Desporto

 

A Geração de Ouro continuava a surpreender. Depois de uma boa prestação na Holanda e Bélgica, no Campeonato da Europa, Portugal consegue uma fase de qualificação imaculada para o Mundial de 2002. A seleção das Quinas é uma das equipas a ter em atenção e a Federação sabe disso. Por isso, desenha um estágio a régua e esquadro em Macau para evitar um desaire como de Saltillo. Desta vez, Portugal tinha um plano, mas o que aconteceu primeiro em Macau e depois na Coreia do Sul e Japão saiu ao lado. Muito ao lado.

 
 
 
Mão na bola ou bola na mão? A pergunta que dividiu Portugal no último golo dourado
 
 

Desporto

 

Durante muitos anos foi a questão que mais sururu e discórdia levantou entre os portugueses: Abel Xavier fez ou não penálti, na meia-final, frente à França, no Euro 2000? O gesto foi ou não foi intencional? Volvidos quase vinte anos, este é um dos episódios que marca a história da equipa das quinas e também a história do próprio Campeonato da Europa desse ano. Para muitos, este foi um dos melhores torneios levados a cabo pela seleção nacional portuguesa: tão inesquecível quanto a mão - ou não de Abel Xavier foi a reviravolta no encontro inaugural contra Inglaterra.

 
 
 
Os anos 90. Quando Poborský nos tirou o chapéu e Batta o tapete
 
 

Desporto

 

Após um hiato de dez anos, o ano de 1996 marca o regresso de Portugal aos grandes palcos. Com uma seleção recheada com os talentos de Riade e de Lisboa, a seleção nacional partiu para Inglaterra para "tentar" ser campeã europeia. Cairia aos pés do checo Poborský, que, de chapéu, marcou um golo que ficou para a história. Uma equipa melhor do que o resultado alcançado nesse Euro, deixou a Europa e o mundo atentos para o que poderia acontecer em 1998, no Mundial de França. Poderia acontecer mas não aconteceu porque um gaulês, num jogo com a Alemanha, mostrou cartão vermelho a Rui Costa e a onze milhões de portugueses.

 
 
 
Os meninos de ouro. Foram eles que começaram um novo futuro para Portugal
 
 

Desporto

 

É difícil associar as vitórias das "esperanças" portuguesas em Riade, em 1989, e em Lisboa, em 1991, ao Portugal de 1986 e do caso Saltillo. No entanto, tinham passado apenas três anos. E em três anos, não era apenas o futebol que estava diferente - nomeadamente nas camadas jovens -, era também o país e o mundo que eram outros. Um tempo em que se acreditava que tudo seria melhor.

 
 
 
Saltillo, 1986. O 25 de abril do futebol português ou algo muito parecido
 
 

Desporto

 

Houve um tempo em que Portugal não sonhava sequer chegar à final de uma grande competição – simplesmente porque nem sequer chegávamos lá. Um tempo em que o mais próximo da vitória era torcer pelo Brasil. Entre 1984 e 1996, o país mudou e voltou a querer sonhar. E em dois anos, Portugal foi do céu ao inferno. É por aí que começamos a história de “Chegámos Lá, Cambada”, um documentário em oito episódios que nos leva de Saltillo a Paris.

 
 
 
Chegámos lá?
 
 

Atualidade

 

Gostamos de futebol porque nos faz sentir parte de um grupo, porque nos permite gritar de alegria e chorar de tristeza sabendo que, ainda assim, é apenas um jogo. Já perdemos, já ganhámos, mas no futebol como no resto, o importante é mesmo jogar.