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Newsletter diária • 04 jan 2022

 
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Nem todos os recordes são bons (ou iguais)

 
 

Edição por Tomás Albino Gomes

Primeiro a escalada começou no Reino Unido, os números de casos positivos de infeção por SARS-CoV-2 cresceram com a variante Omicron e atingiram há dois dias o máximo de 162.572 novos casos em 24 horas, o valor máximo desde que as Terras de Sua Majestade de vêm a braços com esta pandemia.

Portugal não foi exceção. Num dos países com maior cobertura vacinal em todo o mundo também se chegou a um novo máximo de infeções diário desde o início da pandemia com 30.829 casos num só dia.

A variante Omicron, sabemos hoje, é mais contagiosa e deu uma volta aos relatórios diários que pareciam destinado a comunicar umas centenas de casos até que a informação passasse a ser residual. Hoje, os Estados Unidos da América bateram o recorde que ninguém queria bater: num só dia, mais de um milhão de pessoas testou positivo ao novo coronavírus.

O número representa um valor recorde mundial numa altura em que o país enfrenta uma quinta vaga de covid-19, alimentada pela variante Ómicron, ao mesmo tempos que os EUA também lideram o mundo no número médio diário de novas mortes, sendo responsável por uma em cada cinco mortes registadas a cada dia.

Desde o início da pandemia, os Estados Unidos já contabilizaram 56.280.742 casos de infeção e 830.349 mortes relacionadas com a covid-19.

O principal conselheiro da Casa Branca para a crise de saúde, Anthony Fauci, disse no domingo que o aumento do número de casos de covid-19 nos Estados Unidos segue uma curva “quase vertical”, isto num país que tem apenas 62% da população totalmente vacinada.

A vacina volta a desempenhar um papel chave. Porque se os números recordes de contágios impressionam, é notável a eficácia da vacina também espelhada nos relatórios epidemiológicos dos vários países na proporção de novos casos para mortes ou internamentos, seja em enfermaria ou unidades de cuidados intensivos.

Por exemplo, a 3 de janeiro de 2021 tivemos 3.384 novos casos, numa altura em que o cenário pandémico era compostos por 77.601 casos ativos. Havia 3.044 pessoas internadas em enfermaria e 500 em cuidados intensivos.

No relatório de ontem, tivemos 10.554 casos confirmados, praticamente o triplo, num cenário que contempla 207.859 casos ativos. Mais do dobro do número de pessoas infetadas há um ano. Nos internamentos essa diferença ainda é mais clara com 1.167 pessoas em enfermaria e 147 em uci.

Os recordes não são todos bons, mas neste caso não são todos iguais. Com tudo o que sabemos hoje sobre a eficácia da vacinação, a transmissibilidade e gravidade da doença provocada pela nova variante, mais contagiosa, mas menos grave, os recordes de contágios são ocos perante a resposta das pessoas e movimentação dos governos em direção à imunização das populações.

 
 

Debates na TV | 4 de janeiro

 
 

18h30: BE Vs. Livre (Sic Notícias)

21h00: PS Vs. PCP (TVI)

22h00: CDS VS. PAN (RTP3)

 
 
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