Entre a sugestão de tréguas parciais e o dedo da Rússia apontado à UE
Esta segunda-feira houve uma nova sugestão de tréguas entre a Ucrânia e a Rússia. A ideia partiu da França e tal trégua determinaria se Putin está a "agir de boa-fé", diz ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país.
"Tal trégua, em infraestruturas aéreas, marítimas e energéticas, permitir-nos-ia determinar se Vladimir Putin está a agir de boa-fé e avaliar a sua atitude em relação a verdadeiras negociações de paz", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de França, Noël Barrot, salientando também que "nunca o risco de uma guerra na Europa, na União Europeia, foi tão elevado. A ameaça continua a aproximar-se de nós, a linha da frente continua a aproximar-se de nós".
Apesar desta sugestão, a Rússia preferiu apontar o dedo à União Europeia e ao facto de alguns países estarem predispostos a enviar armas para solo ucraniano.
"Em Londres, ouviram-se declarações sobre a necessidade urgente de aumentar o apoio financeiro a Kiev. Isso claramente não faz parte de um plano de paz, mas sim da continuação das ações militares”, disse Peskov, que também criticou, mais uma vez, Volodymyr Zelensky.
"Zelensky não quer a paz. Ele quer continuar a guerra”, diz Peskov, referindo que para o fim da guerra os "esforços de Washington e a vontade de Moscovo claramente não serão suficientes".