Hospitais, recolha do lixo, escolas, prisões. Função pública está em greve
Edição por Alexandra Antunes
A greve da função pública, marcada pela Frente Comum, decorre hoje, mas começou a ter efeitos na quinta-feira à noite, nos hospitais e nos serviços de recolha de lixo, onde os turnos se iniciaram às 23:00 e às 22:00, respetivamente.
Tendo em conta os plenários e contactos feitos com os trabalhadores da Administração Pública nas últimas semanas, Sebastião Santana manifestou-se otimista em relação à participação na greve.
"Vai ser uma grande greve da Administração Pública, porque existe um grande descontentamento", disse à agência Lusa.
Segundo o líder da organização sindical, os efeitos da paralisação deverão ser mais visíveis nos serviços com atendimento ao público, como a saúde e a segurança social.
Como é habitual, a greve deverá levar ao encerramento de muitas escolas por todo o país, prevê Sebastião Santana, e deverá ter "impacto em muitos serviços que não têm visibilidade", dando o exemplo dos guardas prisionais.
O sindicalista lembrou que esta é uma greve de todos os trabalhadores da Administração Pública porque tem a ver com a falta de resposta do Governo à proposta reivindicativa comum que a estrutura sindical apresentou ao executivo socialista, e que inclui aumentos salariais, revisão de carreiras e do sistema de avaliação.
A Frente Comum (CGTP) reivindica aumentos de 90 euros para todos os trabalhadores e um salário mínimo de 850 euros na administração pública, mas o Governo vai fazer uma atualização salarial de 0,9%.