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Newsletter diária • 21 set 2022

 
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"Isto não é bluff"

 
 

por Inês F. Alves

Putin quebrou o silêncio e dirigiu-se ao seu país para a anunciar uma mobilização parcial, de militares na reserva, para a guerra na Ucrânia — à qual se continua a referir como "operação militar especial".

Neste discurso à nação, em que assume que o seu principal objetivo é "libertar o Donbass", o líder russo deixou várias ameaças ao Ocidente, entre as quais a de usar todas as armas à disposição para defender o seu país que, considera, esta sob ameaça.

"A Rússia deve tomar as medidas necessários para defender a sua soberania. O Ocidente quer destruir a Rússia, mas digo-lhes isto: temos muitas armas para responder, não é um bluff. A integridade territorial da nossa terra-mãe, a nossa independência e a nossa liberdade serão garantidas, repito, com todos os meios de que dispomos. Temos armas mais poderosas que a NATO e usaremos tudo o que temos à disposição”.

Nas entrelinhas está uma ameaça velada sobre o uso de armas nucleares.

Não é segredo que perante os avanços territoriais recentes das forças ucranianas — que Putin atribui ao armamento e às informações disponibilizadas pelo Ocidente à Ucrânia, o que na sua ótica, "ultrapassa todos os limites" —, havia na Rússia quem exigisse ao líder um pulso mais firme na condução da guerra, mesmo que isso obrigue a contrariar a narrativa interna de que esta "operação especial" não passa disso mesmo, e, logo, sem profundas implicações no dia-a-dia dos russos.

Agora, cerca de 300 mil pessoas são chamadas formalmente a integrar o esforço de guerra.

Em poucas palavras, Putin está a escalar o conflito, o que levou a China — a quem a instabilidade pouco interessa, porque não é boa para os negócios — a pedir que se chegue a um cessar-fogo através de diálogo e negociações. Já os líderes europeus viram este discurso de Putin com um sinal claro de que a sua incursão militar está a falhar.

A decisão de mobilizar militares na reserva acontece um dia depois do parlamento aprovar sanções duras para soldados que desertem, que se rendam ou que se recusem a seguir ordens.

Sabe-se que a moral das tropas russas e a sua confiança na liderança militar já viu melhores dias, pelo que, como escreve o The New York Times, este discurso serve também o propósito de reafirmar a autoridade de Putin face a um conflito cada vez mais caótico e que, contrariamente às suas expectativas, não ficou resolvido em poucas semanas — o que em última instância coloca em causa a sua própria autoridade.

 
 
 
 

 
 

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