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Newsletter diária • 10 set 2021

 
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Jorge Sampaio (1939 - 2021)

 
 

Edição por Marta Pedreira Mixão

Morreu esta sexta-feira, aos 81 anos, Jorge Fernando Branco Sampaio, ex-Presidente da República. Estava internado no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, por insuficiência respiratória, desde o dia 27 de agosto.

Eleito líder do Partido Socialista, em 1989, foi o primeiro líder partidário a candidatar-se à Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido reeleito em 1993. Foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1996 e 2006. Depois de sair de Belém, seguiu-se a política internacional, em 2006, foi nomeado pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações. Atualmente, era presidente da Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada pelo próprio em 2013 e no dia 26 de agosto, no dia anterior ao seu internamento, anunciou, num artigo publicado no jornal Público, que a Plataforma estaria a preparar um reforço do programa de emergência de bolsas de estudos e oportunidades académicas para jovens afegãs.

É a Sampaio que também se deve a autoria do lema "25 de Abril, sempre!", durante uma comissão interpartidária das comemorações da data, numa tentativa de se celebrar em conjunto.

"Dentro daquela festa, do desfile na Avenida da Liberdade, tinha de ser encontrada uma maneira de fazer desfilar o PC, o PS, dispersos vários, companheiros dos amanhãs que cantam (...). Ainda não estava no PS nessa altura e, dentro desse grupo de independentes, fizemos reuniões com o PC e com os tais amigos, e eu sugeri para o 25 de Abril que a única coisa que se podia dizer era '25 de Abril, sempre!'. Quem foi testemunha disso foi o Carlos Brito. Nunca mais reivindiquei a autoria", contou há dois anos.

Como Presidente, dissolveu a Assembleia da República duas vezes, no seu segundo mandato presidencial, a primeira na sequência da demissão de António Guterres e a segunda após quatro conturbados meses de governação de Santana Lopes.

Jorge Sampaio deixa uma profunda marca política, mas também humana, salientada pelas várias reações a esta perda.