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Newsletter diária • 26 fev 2022

 
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A noite em que Kiev resistiu

 
 

Edição por Tomás Albino Gomes

Ainda estávamos nas últimas horas de sexta-feira em Portugal, as primeiras da madrugada na Ucrânia, quando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que os russos iriam "tentar tomar" a capital da Ucrânia durante a noite.

“Não podemos perder a capital. Dirijo-me aos nossos defensores, homens e mulheres de todas as frentes: esta noite o inimigo vai usar todas as suas forças para romper as nossas defesas da maneira mais vil, dura e desumana. Esta noite vão tentar tomar” Kiev, afirmou.

Durante a madrugada e até aos primeiros raios de sol, foram vários os relatos de confrontos entre os dois exércitos na capital. As forças ucranianas terão conseguido repelir vários avanços russos, entre os quais uma coluna de cinco veículos militares, incluindo um blindado, perto da estação de metropolitano Beresteiska, na avenida da Vitória, uma das principais ruas na zona noroeste da cidade.

A Rússia, a partir do Mar Negro, terá disparado vários mísseis cruzeiro que atingiram áreas próximas de Sumy, Poltava e Mariupol e terá mais tarde afirmado ter tomado a cidade de Melitopol, no sudeste, mas a informação foi desmentida pelo ministro da Defesa do Reino Unido.

Um dos casos que causou mais impacto nas notícias divulgadas esta manhã foi a de um grande edifício residencial em Kiev que foi atingido por um míssil. O projétil atingiu o edifício entre o 18.º e o 21.º andar, segundo o serviço de emergência do estado ucraniano. Tal aconteceu pouco tempo depois de a Rússia ter anunciado que disparou os mísseis de cruzeiro.

De manhã, Zelensky tirou o protagonismo às balas e aos mísseis para, através de um vídeo publicado no Facebook, pedir à população para defender a cidade. “Estou aqui. Não vamos depor as armas e vamos defender o nosso país”, declarou.

Poucas horas depois, o presidente ucraniano voltou a falar para afirmar que a Ucrânia "quebrou o plano" da Rússia ao terceiro dia da invasão do seu país e pedir aos russos que digam a Vladimir Putin para parar a guerra.

“Mantivemos a nossa posição e repelimos com sucesso os ataques inimigos. Os combates continuam em muitas cidades e regiões do país, mas… é o nosso exército que controla Kiev e as principais cidades ao redor da capital”, disse Zelensky.

Ponto por ponto, as informações até ao momento

  • O número de vítimas mortais desde que começou a invasão russa da Ucrânia, na quinta-feira, ascende a 198, incluindo três crianças, havendo ainda a contabilizar mais de 1.100 feridos, segundo o ministro da Saúde ucraniano, Viktor Lyashko.
  • O Presidente da Ucrânia pediu hoje à União Europeia para tomar agora uma decisão sobre a adesão do seu país ao bloco europeu.
  • O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, prometeu hoje ao chefe de Estado da Ucrânia um novo "apoio concreto" do bloco europeu durante um telefonema realizado durante a ofensiva russa, anunciou Volodymyr Zelensky no Twitter.
  • Cinquenta países, incluindo Portugal, subscreveram nas Nações Unidas uma declaração sublinhando que "Putin é o agressor" da Ucrânia, e prometendo levar a condenação da Rússia à Assembleia Geral da ONU, depois do veto russo a uma resolução do Conselho de Segurança.
  • A agência de notação financeira Standard & Poor's desceu o 'rating' da Rússia e da Ucrânia em um nível para cada país, devido à intervenção militar em curso, colocando a dívida pública da Rússia no 'lixo'.
  • A Polónia "não encara a hipótese de jogar a partida de qualificação" para o Mundial de futebol do Catar, previsto para 24 de março em Moscovo, disse hoje o presidente da federação polaca da modalidade.
  • O futebolista português Nélson Monte, que desde quinta-feira tentava sair da Ucrânia, já conseguiu chegar à Roménia, e ainda hoje vai regressar a Portugal, confirmou à Lusa Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores.
 
 
Em direto: 198 civis morreram desde o início do conflito. Zelensky diz que Ucrânia "quebrou o plano" russo ao terceiro dia de invasão
 
 

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