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Newsletter diária • 29 jul 2024

 
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Maduro pode ter condicionado as eleições na Venezuela. Quais as estratégias usadas?

 
 

Edição por Alexandra Antunes

A dúvida paira no que diz respeito ao resultado das eleições na Venezuela, que deram mais um mandato a Nicolás Maduro. Alguns países questionam a transparência do processo — e são várias as formas apontadas que podem ter condicionado a vitória.

O presidente cessante Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo na Venezuela, ao obter 5,15 milhões de votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões.

A oposição venezuelana reivindica a vitória nas eleições presidenciais de domingo, com 70% dos votos para o candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia obteve 70% dos votos, afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.

Vários países já felicitaram Maduro pela vitória, como Nicarágua, Cuba, China e Irão — mas outros demonstraram grande preocupação com a transparência das eleições na Venezuela além de Portugal, como Espanha e Estados Unidos.

Mas como é que estas operações podem ter sido condicionadas por Maduro?

  • Operações tartaruga: uma forma de provocar morosidade e filas enormes nas eleições;
  • Boletins de voto: o boletim destas eleições mostrava 38 fotografias e, dessas, 13 eram de Nicolás Maduro. No total existiam 10 candidatos às eleições na Venezuela;
  • Delegações bloqueadas: várias delegações com observadores foram impedidas de entrar na Venezuela. O sucedido terá sido uma forma de impedir o escrutínio eleitoral;
  • Encerramento de fronteiras: mais de 5.200 venezuelanos viajaram para o seu país a partir da Colômbia entre 20 e 27 de julho, na semana prevista para as eleições presidenciais. A partir de sexta as fronteiras foram fechadas;
  • Propaganda e controlo dos media: a imagem do governante comunista foi omnipresente durante a campanha — apareceu na televisão, no rádio, em outdoors, murais, portagens, ambulâncias, propaganda no YouTube e inúmeros vídeos em plataformas como o TikTok;
  • Escalada de repressão durante a campanha: “Os meses que antecederam estas eleições foram marcados por ataques incessantes ao espaço cívico, dezenas de detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados, tortura, represálias contra comerciantes e prestadores de serviços e medidas administrativas arbitrárias e abusivas”, declarou Ana Piquer, diretora da Amnistia Internacional para as Américas.

 
 
José Couto Nogueira
 
 

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Maria Inês Galvão
 
 

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