Ministros europeus discutem pacote de mil milhões para Ucrânia comprar projéteis
Edição por Gonçalo Lopes
Iniciam-se hoje as reuniões dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), em Estocolmo. O pano de fundo dos encontros, esse, será a guerra na Ucrânia e, sobretudo, o apoio militar a Kiev. Em cima da mesa estará a discussão do fornecimento de mais munições, o treino de militares ucranianos e um pacote financeiro no valor de mil milhões de euros, isto depois dos EUA já ter aprovado um outro pacote de dois mil milhões.
Presentes na Suécia estarão também representantes do governo ucraniano, que farão um ponto de situação sobre a contraofensiva nas regiões ocupadas pelo exército russo. E é aqui que poderá entrar a questão há muito levantada por Volodymyr Zelensky sobre o envio de tanques Leopard para a Ucrânia. Há já a promessa de vários aliados da disponibilização destes veículos, como Portugal já o fez, mas os ministros da Defesa da UE pretendem sabem qual o ponto de situação, ao pormenor, para responder com a celeridade necessária.
O outro ponto a discutir, e provavelmente o mais importante, será o próximo pacote de apoio militar à Ucrânia, no valor de mil milhões de euros. Fontes diplomáticas consultadas pela France-Presse (AFP), há cerca de uma semana, revelaram que o alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, instou os 27 a disponibilizarem este valor para honrar o compromisso de fornecer com urgência as munições de artilharia pedidas por Kiev.
O dinheiro, esse, ainda de acordo com a mesma fonte, servirá, sobretudo, para comprar projéteis de 155 mm utilizados pelas Forças Armadas ucranianas.
O assunto certamente será abordado ao longo destes dois dias de reuniões, mas a informalidade do encontro deverá impedir mais do que um possível acordo político, uma vez que a concretização do pedido feito por Borrell ainda terá de passar pelo crivo dos ministros das Finanças dos 27.
"A segurança é uma das prioridades da presidência sueca à luz da invasão da Rússia à Ucrânia. Um apoio económico e militar forte da UE é crucial para as possibilidades que a Ucrânia tem de vencer a guerra”, sustentou o ministro da Defesa sueco Pål Jonson antes do encontro.
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