Atualidade
As notícias surgem a toda a hora, o ritmo mais acelerado do que nunca, e, ainda assim — ou talvez por isso — nunca foi tão importante poder parar e demorar em algum tema, em alguma ideia. Mais ainda quando se trata de celebrar algo que precisa de ser lembrado. Demorámo-nos nos 20 anos da atribuição do Nobel da Literatura a José Saramago — um tema em que algo tinha de ser escrito. E lido e contado.
Atualidade
Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez.
Atualidade
Um homem de porte sisudo e temperamento reservado. Um “simpático casmurro” com posições polémicas quanto aos mais variados temas e uma escrita densa que foge às normas da Língua Portuguesa — mas que a define também. Este é José Saramago, que cresceu sem deixar de ser o rapazinho de Azinhaga que corria entre oliveiras, ganhou um prémio Nobel de que não estava à espera e agora ainda continua por cá, porque quem escreve nunca morre.
Atualidade
Meio-dia, 8 de outubro de 1998. O mundo conhecia o laureado com o prémio Nobel da Literatura, “que, com parábolas portadoras de imaginação, compaixão e ironia torna constantemente compreensível uma realidade fugidia”. José Saramago, escritor português, foi o nome entre todos os nomes. Mas o jornalismo era diferente e, por questões tecnológicas, a forma de chegar às pessoas também. Como viveu a imprensa este momento? E quais as memórias dos jornalistas? E, depois disso, o que ficou para o país?
Atualidade
A narrativa do dia 8 de outubro de 1998 fez-se não só através do anúncio pela Academia sueca, mas também pelas notícias que foram escritas sobre o acontecimento. Por isso, numa viagem pelo arquivo da Agência Lusa, o SAPO24 selecionou cinco notícias publicadas no dia em que Portugal esteve nas bocas do mundo, que voltam a ser agora mostradas neste artigo para que nos levem numa viagem no tempo — e nas peripécias de um Nobel.
Atualidade
A política entrou cedo na vida de José Saramago e permaneceu para lá da morte. Saramago lutou contra o Estado Novo, filiou-se no Partido Comunista em 1969, uma ligação que permaneceu até ao fim da vida. Entrou no Diário de Notícias nos meses quentes do 25 de abril pela mão do PCP e saiu por causa dessa relação partidária, depois de ter estado ligado ao saneamento de 24 jornalistas. Uma saída que lhe permitiu escrever a obra.
Atualidade
Mafra, oito de outubro de 1998. O Nobel para Saramago caía com estardalhaço no palco da mais emblemática obra do escritor da Azinhaga. O homem que pusera o monumental calhau de D. João V no mapa acabara de ganhar o mais importante prémio da literatura.
Opinião
Mário de Carvalho, escritor, "emprestou" a sua caligrafia ao título da obra A Viagem do Elefante, de José Saramago, publicada no ano de 2008. Na celebração dos 20 anos do Nobel, Mário de Carvalho apresenta Saramago ao SAPO24 como um homem que renasceu pela escrita e que veio marcar o panorama da Literatura Portuguesa.
Opinião
Lídia Jorge, escritora, "emprestou" a sua caligrafia ao título da obra O Homem Duplicado, de José Saramago, publicada no ano de 2002. Duas décadas depois de Saramago ser premiado com o Nobel, Lídia Jorge recorda ao SAPO24 a viagem a Frankfurt, em 1998, e o momento em que soube que havia um Nobel da Literatura português.
Opinião
Álvaro Siza Vieira, arquiteto, "emprestou" a sua caligrafia ao título da obra História do Cerco de Lisboa de José Saramago, publicada no ano de 1989. Celebrando os 20 anos de Saramago ser premiado com o Nobel, Álvaro Siza recorda ao SAPO24 o momento em que conheceu o escritor e os festejos após o Nobel.
Opinião
Jorge Vaz de Carvalho, professor universitário, cantor lírico e tradutor, "emprestou" a sua caligrafia ao título da obra In Nomine Dei, de José Saramago, publicada no ano de 1993. Agora, 20 anos depois do Nobel, Jorge Vaz de Carvalho mostra Saramago ao SAPO24 como o escritor "de origem humilde" que não perdoou nunca os males do mundo, o que ficou marcado em tudo o que escreveu.
Opinião
Carlos Reis, professor catedrático na Universidade de Coimbra, "emprestou" a sua caligrafia ao título da obra O Ano da Morte de Ricardo Reis, publicada em 1984. No dia em que celebramos os 20 anos da atribuição do Prémio Nobel, Carlos Reis lembra ao SAPO24 o momento em que recebeu a notícia e uma conversa com José Saramago.
Um diário inédito e as comemorações dos 20 Anos do Prémio Nobel de José Saramago. Todas as notícias sobre este tema aqui.