Nem onda vermelha, nem mar azul. O retrato de uma América profundamente dividida
Por Inês F. Alves
Um presidente impopular e a inflação mais alta em 40 anos davam força ao cenário de "onda vermelha" nas eleições intercalares nos Estados Unidos, mas não é essa a história que hoje faz manchete nos jornais.
Antes de mais, algum contexto: A cada dois anos disputam-se eleições intercalares nos EUA, cujo objetivo é determinar o controlo do Congresso, composto pela Câmara dos Representantes e pelo Senado.
Assim, esta terça-feira estiveram na corrida os 435 lugares da câmara baixa (Representantes) e 35 lugares da câmara alta (Senado). Porquê 35? Porque os cem senadores servem um termo contínuo de seis anos, sendo que a cada dois anos apenas um terço dos mesmos é eleito.
Até ao momento, os democratas detinham uma estreita maioria de cinco assentos na Câmara dos Representantes; já no Senado a maioria democrata era assegurada somente graças ao voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris.
À hora que escrevemos esta newsletter a contagem de votos ainda não terminou — com a possibilidade de a corrida pelo Senado não ficar decida antes de 6 de dezembro, já que a Georgia pode ficar em "aberto" se Raphael Warnock (democrata) e Herschel Walker (republicano) não conseguirem pelo menos 50% dos votos. Apesar da Associated Press projetar uma vitória do Partido Republicano em ambas as câmaras, a corrida está tão renhida que é difícil ter certezas nesta altura.
A única conclusão possível é que esta América continua profundamente dividida, dois anos depois da eleição de Biden e naquelas que foram as primeiras eleições após o infame ataque ao Capitólio a 6 de janeiro de 2021.
O que mais nos dizem estas eleições?
Uma coisa é certa, se as projeções da Associated Press se confirmarem e o Partido Republicano conseguir o controlo da Câmara dos Representantes e do Senado, Biden não terá uma vida fácil enquanto presidente. Já Donald Trump — que prometeu um "grande anúncio" no dia 15 de novembro — pode ter aqui o impulso decisivo para avançar para a corrida à presidência dos EUA em 2024.
Desporto
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