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Newsletter diária • 19 nov 2021

 
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Nova vaga, novas medidas?

 
 

Edição por António Moura dos Santos

O termo "reunião do Infarmed" tem um estatuto ambivalente, dependendo do contexto em que o dito encontro de especialistas, governantes e agentes políticos ocorre. Quando o número de casos de covid-19 começa a aumentar, é encarado com temor, já que provavelmente significa um agravamento das medidas; quando os casos tendem a diminuir, é alívio que transmite, antevendo-se menos restrições.

Hoje, infelizmente, é a primeira instância a que podemos esperar.

Apesar de ser cada vez mais consensual que, apesar da vacinação, a pandemia da covid-19 tenderá a tornar-se endémica e a ocorrer em duas vagas sazonais por ano, o trabalho de aprendizagem continua e o aumento de casos preocupa. Não tanto como no passado, é certo — um trabalho hoje publicado pelo Jornal de Notícias demonstra que, com a maioria da população vacinada, a pandemia é três vezes menos agressiva que há um ano —, mas os 2.527 casos sinalizados na quarta-feira (o número de casos mais elevado desde 2 de setembro) sugerem precaução.

Por isso mesmo, António Costa convocou esta reunião, adiantando desde logo não antever a necessidade de adotar medidas de controlo da pandemia que impliquem um novo estado de emergência.

Alguns sinais políticos já foram dados. Marcelo Rebelo de Sousa advogou o regresso da máscara obrigatória nos espaços públicos, os testes rápidos de antigénio voltaram a ser gratuitos nas farmácias a partir de hoje e a DGS anunciou ontem que os vacinados com a Janssen vão receber reforço da dose para aumentar a imunidade.

Já na Madeira, o Governo regional antecipou-se e vai tornar obrigatórios vacina e teste para acesso a qualquer recinto a partir de sábado — ainda que haja dúvidas quanto à legalidade das medidas.

O caso repete-se pela Europa, o continente que volta a ser o mais afetado por uma nova vaga da pandemia — o exemplo mais extremo é o da Áustria, que anunciou o regresso ao confinamento total e vai tornar a vacinação obrigatória.

No entanto, será apenas depois do encontro que saberemos o que os especialistas recomendam em Portugal e o que o Governo tomará em consideração. O que podemos esperar desta reunião do Infarmed? É ler o artigo abaixo.