O 'caos' português
Edição por Tomás Albino Gomes
Parece que foi ainda ontem que Portugal se galvanizava com “o milagre português”. Além fronteiras, escrevia-se sobre os números animadores de um país geograficamente ‘encurralado’ por Espanha, uma das nações que mais sofreu com a pandemia na Europa.
Hoje, Portugal é um dos 50 países com maiores números de casos registados de Covid-19 e o 40.º com mais óbitos registados derivados da pandemia. Os números podem ser alvo de debate, uma vez que é claro que a capacidade de testagem de cada país tem influência nestes resultados finais e é impossível, ao momento, uma quantificação rigorosa de uma doença que não manifesta qualquer sintoma na maioria das pessoas que contraem o vírus. No entanto, o 'caos' das últimas 24 horas vividas em Portugal pode ser analisado de forma objetiva.
"Não pedi para sair e naturalmente fiquei muito surpreendida com a opção da senhora ministra da Saúde [Marta Temido]. Mas saio de consciência tranquila de missão cumprida com a certeza de que fiz tudo o que estava ao meu alcance num ano particularmente inédito" Jamila Madeira
Em tempos de contingência, em que pouco mudou relativamente ao passado recente, numa altura em que os números de novos casos detetados dispararam, parece que é necessário fazer uma análise ao país tal como fizémos quando as coisas estavam a correr. O milagre português não passou a desastre, mas neste momento está enterrado pelo caos das últimas 24 horas.
Atualidade
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