Lisboa não quer meter água na defesa dos Oceanos
Editado por António Moura dos Santos
É uma cimeira organizada pelas Nações Unidas. Adiada por dois anos devido à pandemia da covid-19, a sua segunda edição teve hoje início em Lisboa.
O lema “Salvar os Oceanos, Proteger o Futuro” diz tudo sobre a urgência do tema, que reúne 25 chefes de Estado e de governo e uma centena de ministros, pelo menos 38 agências especializadas e organizações internacionais, quase 1.200 organizações não-governamentais e outras entidades, mais de 400 empresas e centena e meia de universidades.
Entre os pelo menos 16 chefes de Estado que vão marcar presença esta semana em Portugal estão os de Angola, França (país atualmente com a presidência rotativa do Conselho da União Europeia), Noruega ou Colômbia. Os Presidentes do Quénia e da Nigéria fazem visitas de Estado a Portugal — e o secretário-geral da ONU, António Guterres, está também presente.
Sendo a nação anfitriã, Portugal faz-se representar através do Presidente da República, do primeiro-ministro, do ministro dos Negócios Estrangeiros e do ministro da Economia e do Mar, juntamente com os secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, da Internacionalização e do Mar. Além disso, o nosso país organiza eventos específicos, como um simpósio de alto nível sobre a água, hoje, e um fórum sobre economia azul sustentável e investimento, na terça-feira.
O risco das alterações climáticas para os oceanos, a forma de solucionar esses problemas e as oportunidades que o mar possibilita para a transição energética são os temas centrais de um cimeira com mais de 300 eventos.
Se é praticamente certo que desta Conferência dos Oceanos não sairá nenhum acordo concertado entre nações como o de Paris, datado de 2015, espera-se que esta reunião produza a Declaração de Lisboa. Esta, por sua vez, deverá ajudar a concretizar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14, a acelerar o combate à poluição e a aumentar a preservação da biodiversidade e a sustentabilidade.
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