Se não conseguir ver esta newsletter clique aqui.

 
Image

Newsletter diária • 03 jun 2024

 
Facebook
 
Twitter
 
Instagram
 
 
 

O novo México. A única garantia na governação de Sheinbaum é a incerteza

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Com doutoramento em Engenharia Ambiental, a nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, promete não desiludir o eleitorado. E assim, este domingo, pela primeira vez o novo homem forte do México passou a ser uma mulher.

A candidata do partido de esquerda no poder no México venceu as eleições presidenciais por ampla margem no domingo, de acordo com os primeiros resultados oficiais anunciados pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE) mexicano.

“Não vou desiludir-vos”, prometeu a Presidente eleita do México, nas primeiras declarações a um canal de televisão, depois de os primeiros resultados parciais terem sido anunciados pelo INE, que a colocavam bem à frente. “Vou tornar-me a primeira mulher presidente do México”, disse aos apoiantes, anunciando que o partido, o Movimento para a Regeneração Nacional (Morena), tinha obtido uma “maioria qualificada” no Congresso.

Pode ser a primeira vez que uma mulher está aos comandos do México, mas os problemas são repetidos, com um agravado. Administrar a relação complexa com os Estados Unidos representa outro desafio para Sheinbaum, tendo para já a incerteza sobre quem vencerá a eleição presidencial de novembro e da revisão do Tratado entre México, EUA e Canadá (TMEC) em 2026, para a qual Washington pode exigir contrapartidas.

No caso de derrota do presidente Joe Biden e da vitória de Donald Trump, que promete criar campos de detenção de migrantes e uma deportação em massa, "o maior desafio que o México enfrentará é a incerteza", disse Pamela Starr, especialista em México da Universidade do Sul da Califórnia. "A relação será muito mais pontuada pelo conflito".

Além destes tem agora "desafios colossais" pela frente. Mas isso não a parece assustar, prometendo "impunidade zero",  sobre o imenso desafio que a aguarda: governar um país onde quase 80 pessoas são assassinadas diariamente por grupos criminosos que controlam territórios e atua em conluio com as autoridades.

A cientista de esquerda de 61 anos, agora presidente, deverá começar por combater a violência que deixou quase 190 mil mortos durante o governo do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, o seu mentor político, e que prejudica o crescimento do México.

Outros desafios são reduzir a pobreza que afeta um terço da população, mitigar o impacto crescente das mudanças climáticas num país com secas e escassez de água e administrar a complexa relação com os Estados Unidos, que pode gerar tensões.

Sheinbaum promete aprofundar as reformas sociais de AMLO e governar para os desfavorecidos. Conseguirá cumprir as metas e impor sua agenda? As respostas, concordam os analistas, ainda são um mistério. Mas há caminhos diferentes para cada uma.

*Com Lusa e AFP

 
 
 
 

 
 

Desta vez, a direita ultra, para muitos eleitores europeus, conseguiu derrubar tabus e já não aparece diabolizada. Nunca nas nove anteriores eleições, desde a primeira, em 1979, o resultado da votação europeia, sempre por sufrágio direto, teve tanta transcendência: está em causa, pela primeira vez, o modelo da União. Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

No dia em que se assinala o lançamento do episódio 200 do podcast Acho Que Vais Gostar Disto, o Miguel Magalhães e o João Dinis recordam “Pulp Fiction”, filme de Quentin Tarantino que estreou há 30 anos em Cannes para virar fenómeno do cinema e da cultura pop.

 
 
 
 

 
 

A invasão da Ucrânia e o isolamento internacional não têm impedido a Rússia de expandir a sua influência no continente, vista com preocupação pelos Estados Unidos e Europa. Continuar a ler