"O passo em frente" vai ser dado mais cedo do que o esperado
Edição por António Moura dos Santos
Estão reunidas as condições para “dar o passo em frente”, anunciou ontem António Costa após Conselho de Ministros. Na sua comunicação ao país, o primeiro-ministro não defraudou as expectativas de quem ansiava Portugal entrasse na quarta e derradeira fase do desconfinamento.
Mas houve uma surpresa: é que ao contrário do que aconteceu das últimas três vezes, as novas medidas não vão ser implementadas na próxima segunda-feira, mas sim já este sábado. E além disso, alterações que não estavam previstas no plano — com a reabertura de fronteiras com Espanha — vão já acontecer.
Assim, para gáudio de muitos, tanto para quem vai descansar como para quem vai pôr as mãos à obra, é isto que muda já a partir deste fim de semana:
Claro que, tal como aconteceu há sensivelmente 15 dias, o anúncio de medidas são significou boas notícias a todos. São 270 os concelhos que mudam para a próxima fase, mas há oito a desconfinar a velocidades inferiores, dada a incidência de casos neles registada: Miranda do Douro, Paredes, Valongo, Aljezur, Resende, Carregal do Sal, Portimão e Odemira — estes dois últimos com tal incidência que têm de cumprir as regras da primeira fase de desconfinamento.
Em sentido contrário, há sete concelhos que recuperaram da sua má posição face à pandemia e que há 15 dias tinham sido obrigados a recuar ou impedidos de progredir no desconfinamento e que agora acompanham a generalidade do continente no avanço para a próxima fase: Rio Maior e Moura (que tinham recuado) e Alandroal, Albufeira, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela (que ficaram estaganados).
Outros temas
Confinamento tomba PIB
O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou que iria divulgar hoje a primeira estimativa rápida sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, marcado pelo confinamento devido à pandemia de covid-19.
Os resultados já chegaram e não são animadores: "O PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de -5,4% no primeiro trimestre de 2021 (-6,1% no trimestre anterior), refletindo os efeitos do confinamento geral decretado no início deste ano devido ao agravamento da pandemia covid-19", pode ler-se na nota do INE.
Ao contrário do sucedido no primeiro trimestre de 2020, em que os efeitos do confinamento apenas se fizeram sentir a partir de março, este ano o confinamento prolongou-se praticamente por todo o trimestre.
Nos primeiros três meses do ano passado, e apesar dos maiores efeitos terem surgido apenas em março, o PIB recuou 2,2% face ao mesmo período de 2019, tendo os maiores efeitos se sentido no segundo trimestre, em que a economia portuguesa caiu 16,3%.
No conjunto do ano, a economia portuguesa acabou por cair 7,6% em volume, “refletindo os efeitos marcadamente adversos da pandemia covid-19 sobre a atividade económica”, segundo o INE.
Jornada em alerta máximo
Com o campeonato a caminhar rapidamente para o fim, o FC Porto vai procurar vencer na receção ao Famalicão, enquanto o Benfica entra em campo em Tondela com os olhos no segundo lugar.
Depois do empate com o Moreirense a meio da semana, os 'dragões' não podem perder mais pontos na sua perseguição ao primeiro lugar, onde se encontra o Sporting, e até podem colocar pressão nos ‘leões’, que apenas entram em campo no sábado, na receção ao lanterna-vermelha Nacional.
O FC Porto, que não perde no campeonato há 23 jogos, vai receber o Famalicão, que vem de dois jogos sem perder (uma vitória e um empate) e está 12.º lugar, com 31 pontos, em jogo agendado para as 21:15, no Estádio do Dragão, no Porto.
Os ‘dragões’ não vão poder contar no banco de suplentes com o treinador Sérgio Conceição, que foi suspenso por 21 dias devido à expulsão em Moreira de Cónegos.
Antes, o Benfica, que está em terceiro a quatro pontos do FC Porto e a 10 do Sporting, vai deslocar-se ao terreno Tondela, nono classificado, com 35 pontos, em partida com início marcado para as 19:00.
Atualidade
Os principais destaques nas revistas e jornais desta sexta-feira, dia 30 de abril.
Atualidade
Depois de ter aprovado este pacote legislativo em março, o Governo revelou hoje que diplomas da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção vai levar a votação na Assembleia da República. Criminalização do enriquecimento injustificado é a grande omissão nesta leva de diplomas.