O primeiro passo para as urgências voltarem a andar?
Edição por Tomás Albino Gomes
A comissão de acompanhamento criada em resposta à crise nos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia reuniu-se hoje com a ministra da Saúde, após mais um fim de semana de constrangimentos e encerramentos nos hospitais.
De manhã, a comissão, presidida por Diogo Ayres de Campos, esteve com a ministra Marta Temido e à tarde é a vez das administrações regionais de saúde (ARS).
Os serviços de ginecologia e obstetrícia de hospitais em várias zonas do país voltam hoje à normalidade depois de ter sofrido constrangimentos ou encerramentos, como as urgências de Braga e Portimão que vão reabrir hoje de manhã.
Por impossibilidade de se completarem as escalas de trabalho necessárias, as urgências de ginecologia e obstetrícia de Braga estão encerradas desde as 08:00 de domingo e vão a reabrir às 08:00 de hoje.
No Algarve, o centro hospitalar e universitário também continua a registar dificuldades em assegurar as escalas de médicos, o que levou a unidade de Portimão a encerrar as urgências de ginecologia e obstetrícia até às 09:00 de hoje.
O Hospital de Santarém teve limitações no bloco de partos e cirurgia traumatológica no sábado e domingo, por falta de anestesistas, o que obrigou ao reencaminhamento de doentes urgentes para outros hospitais da rede.
As urgências de ginecologia e de obstetrícia do Hospital de Setúbal estiveram encerradas entre as 09:00 de sexta-feira e as 09:00 de domingo.
Também durante o fim de semana, entre as 19:30 de sábado e as 08:00 de domingo, a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), esteve sem receber grávidas transferidas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), apesar de ter mantido as urgências a funcionar normalmente.
No último balanço, no domingo, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo indicou que os serviços de ginecologia e obstetrícia da região de Lisboa estão a funcionar dentro da normalidade, mas alertou para a possibilidade de existirem limitações em algumas unidades.
Para dar uma resposta a situação, a ministra da Saúde criou na semana passada uma comissão de acompanhamento constituída por seis elementos.
Em declarações à Lusa, o coordenador nacional da comissão, o médico Diogo Ayres de Campos, disse que este grupo vai arranjar uma fórmula para que exista “maior coordenação” entre os hospitais quando a maternidade ou o bloco de partos está encerrado.
Será este o primeiro passo para que as urgências dos serviços de ginecologia e obstetrícia de hospitais voltem a andar?
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