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Newsletter diária • 22 mar 2025

 
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O que fica da semana: Afinal, a guerra não se vence nem se acaba em três dias

 
 

Por Inês F. Alves

"Se ganharmos [as eleições presidenciais norte-americanas], eu acredito que vamos resolver isto [a guerra na Ucrânia] muito depressa". Trump efetivamente ganhou as eleições, mas acabar com a guerra às portas da Europa parece estar a ser um pouco mais demorado. Afinal, nem Putin fez cair a Ucrânia em três dias, nem Trump acabou com a guerra "muito depressa".

Dir-me-ão: "Mas esta semana tivemos muito progressos!". Lembrarei então que, como dizia uma famoso jogador de futebol português, "prognósticos só no fim do jogo". E como está certo!

Ao que tudo indica, a guerra decide-se ao telefone. Trump falou com Putin, que rejeitou um cessar-fogo incondicional, mas aceitou parar de bombardear infraestruturas energéticas ucranianas (já zonas residenciais é outra coisa...). O plano é negociar em seguida um cessar-fogo no Mar Negro e, finalmente, um cessar-fogo permanente e — otimistas, sejamos — a paz.

Os protagonistas voltam à mesa das negociações segunda-feira, dia 24, na Arábia Saudita, mas até lá somam-se ataques e mortes. Afinal, como sinalizou Zelensky, sem papel assinado é só trinta e um de boca.

Não nos esqueçamos que os acordos, escritos ou não, assentam na confiança do cumprimento pelas partes. E o que não há entre as partes neste conflito é, sobretudo, confiança — até mesmo no mediador (que tanto diz que quer defender os soldados ucranianos, como humilha publicamente o homólogo ucraniano e depois suspende o apoio militar até o fazer ceder num acordo de exploração de minerais, colocando em causa, pelo caminho, as relações diplomáticas com o bloco europeu.

Bloco esse que finalmente percebeu que não pode depender dos EUA para se manter seguro, ou da Rússia para manter as luzes acesas.

Alguns elogiam os "progressos" destas negociações, outros lembram que a paz quer-se "justa". Mas passará essa justiça por concessões territoriais, acordos quer permitem a nações estrangeiras explorar recursos naturais ucranianos e, quem sabe, até as suas centrais nucleares?

Por cá a semana foi marcada pela passagem da tempestade Martinho, que fez cair árvores sobre carros, inundou casas e lojas, parou transportes, recordando-nos a todos o quão impreparados estamos para os fenómenos extremos da natureza. Amanhã, domingo, é dia de eleições antecipadas na Região Autónoma da Madeira. Podíamos até falar sobre o assunto, mas impõe-se a reflexão em vésperas de ir às urnas.

 
 
 
 

 
 

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