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Newsletter diária • 11 nov 2021

 
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O que se sabe sobre os abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa?

 
 

Edição por Alexandra Antunes

O tema dos abusos sexuais na Igreja Católica tem estado na ordem no dia. Por isso, a assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa encerra hoje com o esperado anúncio de um grupo coordenador das 21 comissões diocesanas de proteção de menores e adultos vulneráveis e incerteza sobre a abertura de uma investigação independente aos abusos na Igreja.

Quando ao início da tarde de hoje, em Fátima, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), José Ornelas, anunciar as conclusões da reunião que juntou o episcopado desde segunda-feira, a expectativa estará voltada para a possibilidade de, além da criação deste grupo coordenador, se ir mais além, dando resposta positiva ao apelo de 241 católicos no sentido de ser aberta uma investigação independente sobre os abusos.

Na segunda-feira, mais de duas centenas de católicos enviaram uma carta à CEP, defendendo que “não existe alternativa” e que aquele órgão “deve tomar a iniciativa de organizar uma investigação independente sobre os crimes de abuso sexual na Igreja”.

O documento, assinado por figuras como a escritora Alice Vieira, o deputado José Manuel Pureza, o jornalista Jorge Wemans ou o ex-presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca, é perentório: “Se queremos manter um diálogo com a sociedade a que pertencemos e que servimos, não existe alternativa!”.

Nesse dia, o presidente da Conferência assegurara que a Igreja portuguesa tudo fará para “proteger as vítimas, apurar a verdade histórica” e impedir situações de abuso sexual no seio da instituição.

Na abertura da 201.ª Assembleia Plenária da CEP, que teve a questão dos abusos no seio da Igreja como tema dominante, José Ornelas, também bispo de Setúbal, disse que o tema é “desafiador para toda a sociedade” e que a Igreja o toma “como prioritário”.

Resta, por isso, esperar pelas conclusões que serão conhecidas ao início da tarde.