O relatório de Fernando Araújo sobre o SNS
O diretor demissionário da Direção Executiva do SNS afirmou esta quarta-feira que o relatório de atividades pedido pela tutela foi realizado em metade do tempo, para permitir a execução das medidas necessárias. No mesmo, Fernando Araújo fala em maior autonomia das instituições, menos burocracia e nos mais vulneráveis.
Fernando Araújo, ex-diretor da Direção Executiva do SNS, entregou um relatório com 646 páginas à Ministra da Saúde, onde começa por dizer que "mais do que uma discriminação da atividade, visa elencar algumas das prioridades e as soluções que foram construídas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), não abrangendo toda a atividade da DE-SNS".
"Em relação ao presente documento, este foi elaborado no sentido de identificar o conjunto de intervenções estratégicas, que foram realizadas pela DE-SNS, para promover um planeamento e uma organização moderna do SNS, uma gestão que assegurasse a sua sustentabilidade, um aumento da autonomia das instituições, uma redução da burocracia, uma valorização dos recursos humanos e das ferramentas digitais e tecnológicas, o cuidar dos mais vulneráveis, a promoção do acesso, o investimento na prevenção, e um foco no essencial, o utente, construindo um SNS mais efetivo e inclusivo", lê-se no relatório, onde é referido também que "a DE-SNS cumpriu e ultrapassou os objetivos fixados para o ano de 2023, estabelecidos na respetiva Carta de Missão, facto que foi aprovado e reconhecido por despacho de 20 de fevereiro de 2024, do Senhor Ministro da Saúde".
No relatório, Fernando Araújo refere ainda ser "imprescindível a integração das instituições do SNS no âmbito do setor publico empresarial, de forma a dotá-las com mecanismos de gestão efetivos, com instrumentos de prestação de contas, com avaliação do desempenho e dos resultados obtidos, bem como com um elevado nível de escrutínio e transparência, que permitam assegurar responsabilidade e compromisso para com os cidadãos, melhorando a prestação dos serviços e a sustentabilidade do SNS", diz o diretor demissionário, revelando também que "foram delineados um conjunto de objetivos considerados como relevantes, nomeadamente a inclusão dos cinco hospitais do Setor Público Administrativo ainda existentes em 2023 em entidades públicas empresariais, de forma a poder dotar os mesmos de mecanismos de gestão apropriados, com políticas de integração de cuidados que conduzam a melhorar a prestação das respostas em saúde".
Atualidade
Talvez as redes sociais tenham criado esta ilusão de que podemos dizer seja o que for, já que a impunidade é grande, a fiscalização mínima e, portanto, os insultos abundam e não há problema. Ofender alguém é grave. Maltratar também. Difamar idem. Criticar construtivamente, não. Continuar a ler