Obrigatoriedade de máscara na rua? "Isso é evidente"
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que atualmente o número de casos de infeção pelo novo coronavírus e o número de mortes por covid-19, "inferior a 20", são inferiores aos de há um ano. "Portanto, vamos ponderar calmamente, serenamente. Temos uma vacinação que não tínhamos. E depois se atuará em conformidade", afirmou.
Por sua vez, o primeiro-ministro, António Costa, alertou para o avançar dos casos de infeção, afirmando que o país não pode "descansar à sombra da vacinação". Costa recordou ainda que "o tempo também ajuda e o frio e a época da gripe vão aumentar e temos de ter cuidados redobrados".
“Não antecipo, sinceramente, que tenhamos que adotar medidas que impliquem um estado de emergência”, afirmou, sublinhado que se tal for necessário “o parlamento, mesmo dissolvido, mantém medidas de fiscalização da atuação do Governo” que permitem a tomada de novas medidas “à luz da legislação atual”.
O primeiro-ministro admitiu “preocupação” pela evolução do número de infetados pelo novo coronavírus”, mas vincou não considerar “previsível que se tenham que tomar outra vez medidas com a dimensão” que tiveram no passado, dado a vacinação ter não só "diminuído muito a taxa de incidência” como, sobretudo, “assegurado também que mesmo as pessoas que são infetadas o são de forma menos gravosa”.
Considerou, porém, que está é "uma boa altura para prevenir”, uma vez que apesar de Portugal estar “ainda muito longe de outros países europeus”, está atento ao evoluir da pandemia noutros países da Europa. A convicção do primeiro-ministro é de que se deve" agir já de forma a chegarmos à altura do Natal com menos receios” e, embora sem antecipar medidas, deixa o apelo para que a população adira à vacinação.
O primeiro-ministro convocou para sexta-feira, às 15h00, uma nova reunião de políticos com especialistas no auditório do Infarmed, em Lisboa, sobre a situação da covid-19 em Portugal. A reunião anterior realizou-se há dois meses, em 16 de setembro.