Se não conseguir ver esta newsletter clique aqui.

 
Image

Newsletter diária • 25 jul 2022

 
Facebook
 
Twitter
 
Instagram
 
 
 

Onde é que os portugueses se sentem mais satisfeitos com a sua qualidade de vida?

 
 

Edição por Tomás Albino Gomes

Portugal tem sido considerado como um todo homogéneo, quando comparado com os restantes países europeus, no que toca ao bem-estar da população relativamente ao local onde vive. Agora, um novo estudo vem demonstrar que o território do continente é muito diverso.

A investigação “Territórios de Bem-Estar: Assimetrias nos municípios portugueses”, publicada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e coordenada por Rosário Mauritti, do ISCTE, identificou em que medida o conceito de bem-estar é influenciado por assimetrias nas condições de vida que caracterizam municípios de Portugal continental.

“O que nós confirmámos é que o bem-estar não significa o mesmo em todos os lugares, nem para todas as pessoas, mas é possível perceber que os territórios onde vivemos influenciam a forma como nós apreciamos o nosso bem-estar. E percebemos também que não é possível dizer que há territórios que são totalmente bons e territórios que são totalmente maus”, disse Rosário Mauritti.

Por exemplo, Lisboa, Porto, Coimbra, Alcochete, Oeiras e Cascais são os municípios classificados como territórios inovadores, por serem mais favorecidos e terem níveis económicos próximos da média europeia, onde em geral “as pessoas têm trabalhos muito qualificados e acesso a recursos que compõe aquilo que é a oferta do Estado social”.

“Nesses territórios há um segmento de população muito específico que vive muito bem e que vive de acordo com padrões que nós podemos considerar, de facto, padrões de uma modernidade muito avançada. Mas esses territórios também são precisamente os mais desiguais, onde há uma maior clivagem nos rendimentos, onde encontramos bacias muito significativas de pobreza associada à diversidade étnica, à diversidade de perfis qualificacionais e, portanto, associados a padrões de rendimentos que também são muito assimétricos”, afirmou, salientando que nestes seis concelhos “é muito difícil às populações conciliarem a sua vida profissional com a vida pessoal e familiar” e “existe maior precariedade”.

No extremo oposto, estão os territórios de baixa densidade, dos quais fazem parte quase 40% dos municípios portugueses, com apenas 8% da população, caracterizados por níveis de despovoamento, envelhecimento e pelo empobrecimento estrutural.

No entanto, é nestes territórios que há índices maiores de bem-estar: “As pessoas mais velhas que vivem sozinhas estão mais protegidas” e um indicador objetivo demonstra que a esperança média de vida “tende a ser prolongada”, porque “existem estruturas associativas que são dinamizadas pelas próprias comunidades e que asseguram um apoio de proximidade” que não se consegue obter nas cidades de média ou grande dimensão.

“Quando olhamos para os objetivos estratégicos que Portugal definiu para 20/30, aquilo refere-se à média de Portugal. O que acontece é que Portugal é muito assimétrico e, portanto, é importantíssimo termos instrumentos para descer ao nível das pessoas, se queremos construir políticas que sejam de facto impactantes e que tenham significado”, concluiu Rosário Mauritti.

Este é um retrato de um país onde mais de metade da população vive em 30 dos 278 municípios no continente, onde em 96% destes há mais idosos do que crianças. E onde os baixos rendimentos afastam cada vez mais a população jovem.

 
 
Francisco Sena Santos
 
 

O universo ideológico da direita mais dura na Europa está a dois meses de muito provavelmente passar a ter uma nova cara e uma nova voz como referencia: a italiana Giorgia Meloni. Ela prepara-se para conseguir o que Marine le Pen tenta, sem êxito, há 20 anos: liderar o governo de um dos grandes países fundadores da comunidade que se tornou União Europeia. Continuar a ler

 
 
 
José Couto Nogueira
 
 

É difícil imaginar as agruras do Inverno no meio de um Verão escaldante, mas a União Europeia não pode esperar outra situção, tanto económica como politicamente. Continuar a ler

 
 
 
Marco Neves
 
 
 
 

Uma homenagem à estação, de A a Z. Continuar a ler