Os glaciares estão a desaparecer
Edição por Alexandra Antunes
Há alguém que nunca tenha visto A Idade do Gelo? Entre glaciares, em modo desenho animado, miúdos e graúdos seguem as aventuras de Manny, um mamute lanzudo; Scrat, o famoso esquilo doido por bolotas; Sid, uma preguiça; e Diego, um tigre dentes-de-sabre.
Mas os gigantes de gelo que servem de cenário a histórias mirabolantes estão prestes a ficar apenas pelos ecrãs: um terço dos glaciares património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que representam 10% da superficial glaciar da Terra, vão desaparecer entre este ano e 2050.
Um relatório divulgado hoje salienta que o património glaciar mundial está numa situação preocupante: a cada ano, perde-se em média 58 biliões de toneladas de gelo, o equivalente ao volume total de água usada por Espanha e França.
As alterações climáticas ameaçam destruir locais protegidos, como os glaciares no Monte Perdido, nos Pirenéus, em França e Espanha, ou os do Parque Nacional Los Alerces, na Argentina, que perderam 45,6% da sua massa total em relação ao ano 2000.
O problema? Metade da humanidade depende das superfícies glaciares como fonte de água, quer para uso doméstico, quer para a agricultura ou energia hidrelétrica, além de serem de grande importância cultural, religiosa e turística.
Por outro lado, este derretimento alarmante causa 5% do aumento global do nível do mar.
Como solução possível (para, pelo menos, atenuar o que se passa), a UNESCO defende a criação de um fundo internacional para monitorizar e proteger os glaciares, maior apoio à investigação científica e o desenho e desenvolvimento de medidas de alerta e redução de risco perante desastres naturais.
No passado, apostava-se em políticas de reforma. Hoje, apostamos em políticos na reforma. Jovens? Não existem. Os políticos velhos fazem-se passar por jovens; os políticos jovens querem parecer velhos. Continuar a ler
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