Puigdemont fugiu e a polícia admite "erros técnicos e formais"
Edição por Alexandra Antunes
A polícia catalã admitiu que o dispositivo policial concebido para prender o ex-presidente do governo regional Carles Puigdemont durante a sua fugaz visita à Catalunha, a 8 de agosto, teve "erros técnicos e formais".
Um desses erros, mencionado no relatório que a polícia da Catalunha (Mossos d'Esquadra) entregou na terça-feira à justiça e noticiado pelo jornal El Confidencial, é o facto de um 'drone' ter seguido uma comitiva que se dirigia ao parlamento e ter perdido o ex-presidente.
O juiz do Supremo Tribunal de Justiça, Pablo Llarena, exigiu que tanto o Ministério do Interior como a polícia da Generalitat (governo catalão) o informassem dos dispositivos de detenção de Puigdemont, que não impediram a sua fuga.
No relatório, os Mossos fazem uma certa autocrítica, admitindo que o dispositivo tinha "erros técnicos e formais" e que não deu os resultados esperados, segundo adiantaram à agência de notícias espanhola EFE fontes próximas do caso.
De acordo com este relatório, o antigo presidente da Generalitat gerou uma "situação de confusão policial e incerteza" que facilitou a sua fuga ao "desviar a atenção da polícia".
Dias antes, o ex-líder catalão, exilado na Bélgica desde o processo frustrado de independência da Catalunha, em 2017, tinha dado como certo que seria detido quando regressasse a Espanha, onde tem um mandado de captura nacional, depois de não lhe ter sido aplicada a amnistia pelo crime de peculato.
Os Mossos alegam que houve um "engano orquestrado" por parte de Puigdemont e da sua comitiva imediata, uma vez que a polícia da Generalitat não tinha considerado como "uma possibilidade" que o ex-presidente fugisse depois de proferir um breve discurso de apenas cinco minutos no Arco do Triunfo, em Barcelona.
*Com Lusa
Por que carga de água é que queremos meter as pessoas em gavetas e gavetinhas? Por que precisamos tanto de rótulos? Continuar a ler