Quantas horas passam os miúdos em frente a um ecrã?
Edição por Alexandra Antunes
A segunda edição do estudo do Observatório da Saúde Psicológica e do Bem-Estar (OSPBE) volta a olhar, dois anos depois do primeiro relatório, para a situação dos alunos portugueses, incluindo no que diz respeito ao estilo de vida.
Uma das conclusões diz respeito ao tempo que os alunos passam em frente a um ecrã.
No total, 52,8% dos alunos passam quatro horas ou mais em frente de um ecrã nos dias de semana:
- os alunos do 12.º ano, passam, em média, quase cinco horas em frente a um ecrã;
- no caso dos alunos do 5.º ano, a média não chega a três horas.
Se este tempo parece já em demasia, o cenário agrava-se ao fim-de-semana, quando 63,3% dos alunos passa, pelo menos, cinco horas diárias em frente a um ecrã. No caso dos mais velhos, esse tempo ultrapassa as seis horas.
O que diz o Ministério da Educação?
A propósito destes números, o ministro da Educação, Ciência e Inovação reafirmou, durante a sessão de apresentação do relatório aos jornalistas, que o Governo vai avaliar, ao longo do ano letivo, o impacto da adesão das escolas à recomendação de proibir o uso de telemóvel nos 1.º e 2.º ciclo, referindo que o Ministério não tem ainda dados sobre o número de escolas que o fez.
Além disso, Fernando Alexandre admitiu hoje uma "alteração política" no próximo ano letivo sobre a recomendação da proibição do uso de telemóvel, tornando-a efetiva, face aos impactos negativos nas crianças e jovens.
“Temos de usar evidência (informação científica), temos de usar os estudos e temos de implementar melhores práticas. Depois da avaliação e com a evidência que se vai somando, também em outros países, faremos essa avaliação e se houver evidência nesse sentido [de proibição], não teremos problemas nenhuns [em fazê-la]. É natural que no próximo possa haver uma alteração política”, salientou.
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