Editado por Ana Filipa Paz

O presidente Donald Trump afirmou esta sexta-feira que a cobertura dos meios de comunicação americanos que o criticam "tem que ser ilegal".

"A CNN, a MSNBC e jornais não identificados literalmente escrevem 97,6% de coisas negativas sobre mim", declarou Trump no Departamento de Justiça. "Isso tem que parar. Tem que ser ilegal."

Trump quer limitar a liberdade de imprensa e acabar com o escrutínio do poder político?

• Donald Trump não faz conferências de imprensa.
• Donald Trump não responde a perguntas de jornalistas.
• Trump passou a controlar os jornalistas que têm acesso às conferências de imprensa.
• Há consequências para aqueles que o criticam, como o corte de financiamento da Voice of America (VoA), Radio Free Asia, Radio Free Europe.
• Os próprios EUA querem definir o que é notícia e o que é importante para a esfera pública, como forma de controlar a narrativa mediática.

Que outras medidas vai adotar para a imprensa ?

• Donald Trump criou a Agência dos Estados Unidos para Media Global (USAGM), o órgão nacional que supervisiona organizações de media financiadas pelo governo norte-americano.
• Donald Trump tem como alvo as agências supervisionadas pela USAGM, financiadas com fundos nacionais, como parte da sua reforma para os media.
• Donald Trump que cancelar contratos de longa data entre três agências internacionais de notícias e a USAGM, como a Agence France-Presse (AFP), a Reuters e a The Associated Press (AP).
• Elon Musk defendeu o fecho total da VOA e da Radio Free Europe, alegando que as emissoras representam um "desperdício" do dinheiro dos contribuintes.

"Não deveríamos pagar empresas de notícias externas para nos dizerem o que é notícia", argumentou Kari Lake, assessora do presidente.

E acrescenta: "Hoje tomei medidas para cancelar contratos caros e desnecessários com agências de notícias para a Agência dos Estados Unidos para Media Global (USAGM), o que inclui contratos de dezenas de milhões de dólares com a The Associated Press, a Reuters e a Agence France-Presse".

"Deveríamos estar a produzir notícias por conta própria. E, se isso não for possível, o contribuinte norte-americano deveria saber o motivo", termina.

* Com AFP

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