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Newsletter diária • 19 jun 2021

 
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Re-confinar direitos, mas ainda assim afastar preconceitos

 
 

Edição por Pedro Soares Botelho

  • Este sábado, em Lisboa, deveria ser marcado pela Marcha do Orgulho LGBTI+. Após não se ter realizado em 2020, por causa da covid-19, estava prevista para a tarde de hoje, descendo a Avenida da Liberdade. Mas com Lisboa cercada a poucas horas do evento — e com a Direção-Geral da Saúde a emitir um parecer desfavorável a ainda menos horas —, a comissão organizadora cancelou a iniciativa — que mais do que um evento, é um ato de afirmação e libertação.
  • “Apesar das tentativas de contacto continuadas ao longo de dois meses, no sentido de preparar este evento com as melhores condições, recomendações e segurança possíveis, apenas na véspera a Direção-Geral da Saúde remeteu (…) um parecer desfavorável”, o que impossibilitou “a implementação de medidas de segurança adicionais ou modelos alternativos de marcha, além de não permitir uma desconvocação responsável da mesma”.
  • “A emissão de um parecer tão desfavorável num momento em que já nem um cancelamento público é eficaz acaba por se traduzir, na prática, numa forma encapotada de limitação de direitos políticos, em concreto, do direito de manifestação”, argumentou a organização num comunicado, citado pela agência Lusa.
  • “Sentimos que a DGS demonstrou uma desconsideração pelas sucessivas tentativas de contacto para planeamento duma marcha política segura, e ainda um profundo desconhecimento sobre a sua natureza e o que esta representa para a nossa comunidade”, pode ler-se na mesma nota.
  • A organização sustentou ainda que “as medidas de mitigação recomendadas (…) para a realização de uma marcha num momento mais favorável (leia-se adiamento da manifestação) incluem um conjunto alargado de pontos inexequíveis”. Em causa está a recomendação de medição de temperatura corporal, existência de instalações sanitárias de isolamento e um registo de todas as pessoas participantes, detalhou.
  • “Algumas recomendações levantam questões quanto à sua constitucionalidade e legalidade, merecendo uma enorme preocupação por parte da Comissão Organizadora da Marcha de Orgulho LGBTI+ de Lisboa”, salientou. “Consideramos este parecer e o tempo em que chegou um desrespeito e erro político”, concluiu a organização.
  • “Desconfinar direitos, afastar preconceitos” era o lema da 22.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, que “traz à luz os efeitos agravados e sentidos pela sua comunidade após um ano de pandemia”

Hoje no Euro

  • A seleção portuguesa de futebol pode garantir hoje o apuramento para os oitavos de final do Euro2020, mas terá de vencer a Alemanha, ainda à procura dos primeiros pontos no Grupo F.
  • A Hungria acabou por tornar-se numa oponente difícil de ultrapassar, na ronda inaugural, apesar do resultado de 3-0. Contudo, diante da seleção portadora de três títulos continentais (1972, 1980 e 1996) e quatro cetros mundiais (1954, 1974, 1990 e 2014), e “ferida”, face à derrota perante a campeã mundial França (1-0), o campeão europeu terá, certamente, de aplicar-se para vencer e não sair com um sabor amargo da Allianz Arena, em Munique.
  • Se na terça-feira, os mais de 60.000 adeptos húngaros tentaram transformar a Puskás Arena, em Budapeste, num autêntico inferno para a equipa de Fernando Santos, a casa do Bayern Munique apenas está autorizada a abrir as portas a 14.500 espetadores, correspondente a 22% da lotação.
  • De fora das escolhas de Portugal está o defesa do Sporting Nuno Mendes, que não recuperou de uma mialgia na perna esquerda, conforme adiantou, em conferência de imprensa, o selecionador luso Fernando Santos, que terá de escolher outros dois jogadores para enviar para a bancada, uma vez que na ficha de jogo só podem constar 23.
  • Portugal defronta este sábado a Alemanha, em Munique, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa), enquanto a Hungria recebe na Puskás Arena, em Budapeste, a França, a partir das 14:00 (15:00).
  • Tal como Portugal, também a campeã mundial pode assegurar um lugar nos oitavos e fazer companhia às já apuradas Itália, Bélgica e Países Baixos. Para isso, basta vencer os húngaros, perante os quase 70.000 espetadores.
  • Também hoje, a Polónia, treinada pelo português Paulo Sousa, entra em campo à procura dos primeiros pontos no torneio, mas pela frente terá umas das favoritas à conquista do cetro, a Espanha, em jogo do Grupo E.

Quem vai à bola hoje

    • Hungria - França, 14:00 (SportTV1)
    • Portugal - Alemanha, 17:00 (TVI)
    • Espanha - Polónia, 20:00 (SportTV1)