"Retirar a fruta podre" das forças de segurança
Edição por Alexandra Antunes
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, deu uma entrevista (TSF/DN) e promete tolerância zero para movimentos radicais nas forças de segurança. As afirmações surgem na altura em que o Governo chegou a acordo com três sindicatos da PSP e duas associações da GNR sobre a atribuição de um suplemento de risco.
“Os polícias são cidadãos, mas não são uns cidadãos quaisquer. São cidadãos que defendem a ordem pública, defendem o cidadão. São um dos pilares da democracia e do Estado de Direito e não é admissível que haja movimentos radicais dentro das forças de segurança”, afirma.
Na entrevista, a governante diz crer que este tipo de movimentos “vão desaparecer rapidamente”, pois está a ser dada formação que vai “retirar a fruta podre do grande cesto que são as forças de segurança”. “Desculpem esta imagem, mas é para filtrar”, acrescenta.
Margarida Blasco valoriza o facto de as forças de segurança não se terem deixado instrumentalizar quando, na semana passada, o Chega solicitou a sua presença na Assembleia da República.
“Num universo de 45.000 polícias, as principais organizações sindicais vieram a terreiro dizer que não se sentiam vinculadas, que não queriam ser instrumentalizadas”, lembrou a governante.
Questionada sobre a formação em direitos humanos, uma preocupação que tinha enquanto inspetora-geral da Administração Interna, Margarida Blasco diz que “é dada muita formação nessa área” e garante que é “perfeitamente intransigente” em relação aos crimes de ódio.
“É uma situação em que eu, quando estava na IGAI e agora como ministra, sou perfeitamente intransigente. Não há abertura nenhuma nem complacência”, sublinha.
*Com Lusa