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Newsletter diária • 27 nov 2021

 
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Rio ou Rangel, quem vai liderar o PSD? O seu futuro está nas mãos de quase 46 mil militantes

 
 

Edição por António Moura dos Santos

O atual líder do PSD, Rui Rio, e o eurodeputado Paulo Rangel disputam hoje a presidência do partido, em eleições diretas em que podem votar perto de 46.000 militantes.

De acordo com o site do PSD, o universo eleitoral para as décimas eleições diretas do partido é de 45.973 militantes, aqueles que têm as quotas em dia.

A eleição decorre em todo o país entre as 14:00 e as 20:00 e, a partir do fecho das urnas, a secretaria-geral do PSD irá disponibilizar a evolução do apuramento dos resultados das eleições em tempo real neste website, assim como o histórico das eleições anteriores.

A votação põe fim a um processo conturbado, no qual o atual presidente, Rio, tentou evitar estas, alegando a necessidade de deixar o PSD preparado para umas potenciais legislativas caso o Orçamento do Estado para 2022 caísse — o que veio a acontecer. Junto da oposição interna, que tem vindo a ganhar força (apesar de Rio nunca ter tido a vida fácil no partido), foi Rangel a chegar-se à frente — Nuno Miguel Henriques era o terceiro candidato, mas desistiu.

Apesar do tom algo crespado entre os dois ao longo da campanha — Rangel acusando Rio de se agarrar ao cargo e ser subserviente a António Costa, Rio respondendo que Rangel não está preparado para ser primeiro-ministro e que o eurodeputado está a sabotar o partido em lutas intestinas —, é mais aquilo que os une a nível político e ideológico do que o que os separa, ou não fossem ambos sociais-democratas.

Ambos apontam o combate à corrupção como uma prioridade nas suas moções e defendem políticas económicas que favoreçam o aumento do crescimento económico, a redução da carga fiscal e a melhoria dos salários aos portugueses. A recusa de “preconceitos ideológicos” entre público e privado na área da saúde ou a prioridade à infância na educação é também partilhada por Rio e Rangel.

No que diferem mais agudamente é na abordagem aos cenários de governabilidade após as legislativas de 30 de janeiro:

  • Rio defende a construção de "uma nova maioria sem linhas vermelhas, assente no diálogo e no compromisso, à esquerda ou à direita, cujo único limite será a da moderação". Ou seja, admite negociações com PS porque "ao PSD exige-se-lhe que assuma uma conduta responsável, colocando os interesses de Portugal acima dos interesses do Partido”.
  • Rangel quer "alcançar uma vitória em linha com a sua vocação maioritária”, o que “se traduz preferencialmente na obtenção de uma maioria absoluta ou na formação de uma maioria estável”. Mais explicitamente, na sua moção, o eurodeputado lança farpas diretamente a Rio ao dizer que "o líder do PSD tem sempre de ser o candidato a primeiro-ministro, não se reduzindo a ser um proto-candidato a vice-primeiro-ministro, ou a um apoio de recurso ao PS e a António Costa".

Ambos aceitam coligações com CDS-PP e IL após as eleições – Rio admite ainda um entendimento pré-eleitoral com os democratas-cristãos, Rangel prefere ir sozinho a votos – e os dois rejeitaram que o Chega possa ser incluído no Governo.

É quanto a estas diferenças e pontos em comum que os militantes se vão decidir hoje.

Os dois candidatos, de resto, votarão na mesma secção, na sede distrital do PSD-Porto, sendo Paulo Rangel o primeiro, pelas 14:00, com Rui Rio a exercer o direito de voto uma hora mais tarde, às 15:00.

Para Rui Rio, serão as terceiras diretas, tendo derrotado em 2018 Pedro Santana Lopes por 54% e em 2020 Luís Montenegro por 53%, numa inédita segunda volta no PSD.

Já Paulo Rangel disputará pela segunda vez a presidência do PSD, depois de ter concorrido em 2010 contra Aguiar-Branco e Pedro Passos Coelho, que este venceu com mais de 60% dos votos após uma derrota dois anos antes contra Manuela Ferreira Leite.

A ‘chave’ do resultado eleitoral deverá voltar a estar, como habitualmente, nas quatro maiores distritais do PSD: Porto, Braga, Lisboa e Aveiro registam, por esta ordem, o maior número de militantes em condições de votar, centralizando 53,5% do total (um pouco menos que os 57% de há dois anos), seguidas pela Madeira com quase 6% do total dos votos.

 
 
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