Será que à terceira é de vez?
Edição por António Moura dos Santos
Por duas ocasiões distintas o julgamento de Ricardo Salgado esteve para começar. E essas mesmas duas tentativas resultaram em dois adiantamentos.
O mais mediático banqueiro do país enfrenta a barra da justiça por três crimes de abuso de confiança, devido a transferências de mais de 10 milhões de euros, no âmbito do processo Operação Marquês.
Da primeira vez, o julgamento não chegou a ocorrer — esteve previsto para 7 de junho, mas foi adiado devido ao prazo para a defesa – a cargo do advogado Francisco Proença de Carvalho - apresentar a contestação à acusação do Ministério Público, que não havia ainda terminado nessa data.
Da segunda, a 14 de junho, o coletivo de juízes do Tribunal Central de Criminal de Lisboa, presidido por Francisco Henriques, aceitou os argumentos do procurador Vítor Pinto, que começou por pedir ao tribunal prazo para analisar a contestação do arguido, composta por 191 páginas e 173 documentos, justificando que era "humanamente impossível" analisar toda a documentação e dar início ao julgamento.
Se à terceira for de vez, o julgamento começa finalmente hoje às 14:00. De qualquer das formas, como garantia, o juiz Francisco Henriques já agendou sessões para 8 e 13 de julho e também para 6, 8, 13, 14, 16, 20, 21 e 23 de setembro.
Estes são os três crimes pelos quais Salgado enfrenta o tribunal:
Se uma das ramificações de um dos mais mediáticos processos da justiça nacional tem hoje início, outra conhece por fim o seu desfecho.
O caso Tancos está longe de ser concluído, mas hoje o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luís Vieira e arguido nesse processo deverá conhecer a sentença devido ao julgamento por violação do segredo de justiça.
Neste processo, Luis Vieira é acusado de ter partilhado informações da investigação com o antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes e outros militares, tanto em conversas como no envio de documentos.
Durante o julgamento, o ex-diretor da PJM negou que alguma vez tivesse violado o segredo de justiça e disse que soube que o inquérito tinha sido blindado pela nota à comunicação social da então procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, em julho de 2017, quando determinou que a investigação ao furto de Tancos fosse da responsabilidade da PJ e do DCIAP.
A leitura da sentença está prevista para as 15:30 no juízo local criminal de Lisboa, no Campus de Justiça.
A EDP foi alvo de uma operação de busca da Autoridade Tributária, por alegada fraude fiscal, no âmbito do negócio da venda de seis barragens no rio Douro à Engie.
Em causa está a venda por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens da EDP na bacia hidrográfica do Douro ((Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) a um consórcio de investidores formados pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, concluída em 17 de dezembro.
O Bloco de Esquerda (BE) tem defendido que, à luz deste negócio, deviam ter sido pagos 110 milhões de euros em Imposto do Selo, o que é contestado pela EDP.
A EDP considerou, em abril, que a venda da concessão das barragens ao consórcio da Engie não beneficiou de isenção do Imposto do Selo prevista na lei desde 2020, porque a forma como a operação decorreu não está sujeita ao imposto.
Hoje no Euro: Passagem à final em duelo latino
Excluindo títulos mundiais, Itália e Espanha têm, entre si, três títulos europeus. Os italianos venceram a prova no ido ano de 1968, em casa, ao passo que os espanhóis conquistaram o troféu em 2008 — realizado na Áustria e na Suíça — e repetiram a dose em 2012 — Ucrânia e Polónia, naquela sequência infernal onde levantaram a taça de campeões do mundo pelo meio, na África do Sul em 2010.
Ambas as nações vão pôr hoje os seus pergaminhos à prova em Wembley, em Londres, na disputa por um lugar na final do Euro2020, que ocorrerá nesse mesmo estádio.
De um lado, a Itália, os meninos bonitos da prova que têm encantado depois de vários anos de performances dúbias e que para chegar aqui suaram com a Áustria e com a Bélgica — a mesma que eliminou Portugal. Do outro, uma Espanha a refazer-se no pós-tiki-taka e que, depois de uma fase de grupos pouco convincente, fez um partidaço com a Croácia mas precisou do desempate por grandes penalidades para bater a Suíça.
Na última vez que ambas as seleções se enfrentaram, em jogo de qualificação para o Mundial de 2018, foi a Espanha a sorrir com uma vitória por 3-0. Mas se considerarmos o último embate numa fase final de um campeonato europeu, foi mesmo em 2016, nos oitavos-de-final, que os transalpinos levaram a melhor sobre "nuestros hermanos" no Stade de France, em Paris, numa conquista por 2-0.
Para o embate de hoje, a grande ausência estará no lado de Itália, com o lateral Spinazzola, um dos grandes destaques da equipa, a ficar fora de competição, com uma rotura do tendão de Aquiles, enquanto na Espanha, Sarabia, não tão influente, tem uma lesão muscular.
O vencedor do jogo de hoje defrontará na final de domingo a equipa a sair da outra meia-final, que opõe na quarta-feira Inglaterra, campeã mundial em 1996, à Dinamarca, campeã europeia em 1992.
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