Testes rápidos de antigénio voltam a ser gratuitos já a partir de amanhã
Os testes rápidos de antigénio efetuados nas farmácias e laboratórios aderentes ao regime excecional de comparticipação vão voltar a ser gratuitos a partir de sexta-feira, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
A comparticipação continua a ser limitada ao máximo de quatro testes por mês e por utente.
O Ministério da Saúde justifica esta renovação do regime tendo em conta a atual situação epidemiológica e a importância de voltar a intensificar a realização de testes para deteção do vírus SARS-CoV-2 de forma progressiva e proporcionada ao risco, que contribuam para o reforço do controlo da pandemia.
Depois do alerta dado pela OMS de que a Europa é o único continente onde as mortes, devido à covid-19, estão a aumentar, isto depois de registar um aumento de 5% nas mortes, agrava-se a preocupação com uma nova vaga e vários países adotam novas medidas.
E nos hospitais já se começa a sentir a pressão, segundo Paulo Espiga, vogal executivo do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, por um lado, devido aos suspeitos de covid-19, que são “um pouco mais daquilo que era normal nas últimas semanas”, e por outro lado, “e mais importante”, os doentes não covid, cuja pressão tem vindo a ser sentida desde princípios de setembro, mas que se tem vindo a agudizar.
Uma subida nos casos de covid-19 já era esperada, já que se previa que o levantamento das restrições se refletisse nos números. Agora, já há especialistas que defendem um aumento das medidas de proteção.
No entanto, o estado de emergência parece não ser uma possibilidade, depois de o presidente da República ter afastado a ideia, considerando que Portugal está "muito, muito, muito longe" da situação que levou a que a medida fosse tomada no ano passado.
Há uma medida, porém, que parece certa que deverá voltar, segundo o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes - medida que também já foi defendida por Marcelo Rebelo de Sousa - que é o uso de máscara obrigatória. Para o secretário de Estado da Saúde não há "qualquer motivo para não se usar" esta forma de proteção, quer em espaços fechados, quer no exterior , "num contexto em que os vírus continuam a circular e estamos em situação de pandemia".
“Eu acho que, quando estamos com um RT claramente acima de 1 e com casos acima dos mil [diários], uma média de 1500, acho que precisamos de ter atenção ao que está a acontecer”, afirmou, tendo feito notar haver “vários tipos de medidas, várias que já foram acontecendo, e [na sexta-feira] podemos começar a trabalhar em vários dos aspetos, mas as medidas mais relevantes serão as medidas do Conselho de Ministros [na próxima semana] e serão tomadas nessa fase”.
Assim, esta sexta-feira serão ouvidos os especialistas na reunião do Infarmed e volta a comparticipação dos testes rápidos de antigénio, os primeiros passos para prevenir o agravamento da situação epidemiológica.
Neste momento, temos o pior dos dois mundos. Temos pessoas confinadas em casa porque contraíram a doença e pessoas confinadas em carros para se irem confinar em escritórios para contraírem a doença que os confinará em casa. Continuar a ler
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