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Newsletter diária • 09 fev 2022

 
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'Tou xim? Já dá para ligar para mim?

 
 

Edição de Pedro Soares Botelho

  • O ano era 1995. Um pastor, rodeado de ovelhas e com um fiel cão, fazia o que os pastores fazem no meio de um prado, rodeados de ovelhas e com um fiel cão. O telemóvel toca. "Estou sim?", pergunta. "Um momento", pede. "É para mim!", anuncia ao auditório ovino. O anúncio da Telecel, há 27 anos, tinha como objetivo anunciar a cobertura "100%" da operadora que, mais tarde, passaria a ser a Vodafone Portugal.
  • Quase trinta anos depois, os clientes da Vodafone voltaram a um mundo onde fazer uma chamada ou ver televisão era apenas miragem, ficção científica. Num mundo cada vez mais tecnologicamente dependente, chamar um TVDE ou perceber que raio se passa no trânsito do fim do dia no centro do Porto tinham como solução guardar o telemóvel no bolso e ir procurar um carro de praça e sintonizar o rádio no boletim de trânsito.
  • A Vodafone Portugal foi alvo de um ciberataque na segunda-feira, afirmando que não tem indícios de que os dados de clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos, e estando a reunir todos os esforços para repor a normalidade dos serviços. Alguns vão regressando, outros foram e vieram.
  • Hoje, a operadora já veio esclarecer que os números listados debaixo do contacto Vodafone que surgem em algumas listas de contactos dos clientes pertencem à operadora de telecomunicações, na sequência de dúvidas que têm surgido nas redes sociais.
  • Ainda ontem, a Polícia Judiciária (PJ) indicou que está a trabalhar em colaboração com as polícias internacionais para analisar o caso. A Judiciária está a investigar um único crime informático, em colaboração também com os serviços secretos, e considera “prematuro” associar este ataque a outros ocorridos recentemente.
  • Os principais objetivos da investigação neste momento são perceber as motivações do ataque, a recolha de prova, “que neste caso em concreto tem especificidades e depende de alguma especialização associada ao uso das novas tecnologias”, e apurar se dados pessoais e informação confidencial foram eventualmente comprometidos.
  • Sobre o impacto em organismos do Estado e a sua resiliência a futuros ataques, Carlos Cabreiro, coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), sublinhou a importância de uma “cultura de segurança informática” que tem que começar em cada cidadão, referindo a tendência de crescimento deste tipo de crimes.
  • “O caminho que há a fazer é sermos cada vez mais resilientes para pôr cobro a este tipo de ataques, que não irão acabar, mas que teremos que ter a noção que têm que ser mitigados, reconhecidamente como um problema para as instituições, também do Estado”, disse.
  • Afinal, o que aconteceu à Vodafone não é caso único. Só na imprensa e só neste ano, já aconteceram situações de "ataque", aparente ou confirmado, à Impresa (dona da SIC e Expresso), à Cofina (Correio da Manhã, Record e Sábado) e, esta noite, à Trust in News (dona da Visão e Caras).
  • A Procuradoria-Geral da República (PGR) referiu hoje que "os ataques informáticos são realidades" às quais o seu Gabinete Cibercrime "tem estado atento nos últimos anos, não tanto pelo número de situações denunciadas, mas pela gravidade de que alguns casos se revestem".
 
 
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Quando começaram a dizer-me, ao fim de quase 35 anos de vida profissional muitíssimo activa, “Ah, estás sem fazer nada”, só por estar em casa, comecei a atribuir preços às minhas tarefas. Querem saber quanto ganharia se contabilizasse cada tarefa doméstica que faço diariamente? Mais do ordenado mínimo. Continuar a ler

 
 
 
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