O ministro da Defesa Nacional vai ao parlamento dar esclarecimentos aos deputados sobre o contributo de Portugal, no âmbito da União Europeia e da NATO, no contexto de conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
João Gomes Cravinho estará na comissão parlamentar de Defesa, a partir das 16h30, para uma apresentação seguida de debate, que será fechada aos órgãos de comunicação social.
Portugal vai contribuir com entre oito e 10 milhões de euros para o pacote europeu que visa fornecer armas ao exército ucraniano, que combate a invasão russa. Será também enviado equipamento militar para a Ucrânia a pedido das autoridades de Kiev.
No âmbito da missão da NATO "Tailored Forward Presence", Portugal vai enviar de 174 militares para a Roménia, país que faz fronteira com a Ucrânia. Esta missão da NATO visa contribuir "para a dissuasão e defesa da Aliança no seu flanco sudeste", de acordo com o "site" do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
O plano das Forças Nacionais Destacadas para 2022 previa o envio deste contingente no segundo semestre, tal como aconteceu em 2021. Contudo, o governo decidiu antecipar este calendário e os militares portugueses deverão chegar à Roménia nas próximas semanas.
A comissão parlamentar de Defesa Nacional tem como competências a fiscalização política nas áreas da Defesa Nacional e acompanha, entre outros assuntos, o envolvimento de contingentes militares portugueses no estrangeiro no âmbito dos compromissos internacionais.
Também o governo e os parceiros sociais se reúnem hoje à tarde com caráter de urgência para debater a situação de crise na Ucrânia.
A reunião do Conselho Permanente da Concertação Social foi convocada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “com caráter de urgência”, com o ministério liderado por Ana Mendes Godinho a indicar que o objetivo é o “acompanhamento da situação de crise na Ucrânia”.
A escalada de preços da energia observada desde que a Rússia invadiu a vizinha Ucrânia tem levado várias associações empresariais a pedir ao governo reforço de medidas que possam mitigar o impacto do agravamento dos custos.
Num comunicado emitido em 28 de fevereiro, no qual condena “veementemente” a invasão da Ucrânia, o Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) defende que o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) deve prever “ajustamentos" fiscais para responder ao impacto que o conflito terá nas empresas.
O CNCP diz também que as confederações patronais estão disponíveis para cooperar com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para a integração profissional de refugiados da Ucrânia.
As confederações patronais dizem ainda que o “inevitável impacto económico” que o conflito terá em Portugal, sobretudo no domínio energético e alimentar, será “agravado ainda pela dramática situação de seca que assola o país”.
Governo e parceiros sociais reúnem-se hoje à tarde com caráter de urgência para debater a situação de crise na Ucrânia, na sequência da invasão pela Rússia.