Um 25 de Abril com cravos vermelhos e sorrisos à vista
Edição por Alexandra Antunes
O aniversário do 25 de Abril foi assinalado hoje de manhã na Assembleia da República com uma sessão solene já sem restrições devido à covid-19.
Pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, a Revolução dos Cravos foi assinalada sem número limitado de presentes e também sem uso obrigatório de máscara no parlamento — regra que deixou de vigorar na sexta-feira –, ao contrário dos dois anos anteriores, em que nesta data histórica vigorava o estado de emergência.
O 25 de Abril cumpre 48 anos num momento de guerra na Ucrânia, em que a invasão pela Federação Russa dura há dois meses, e no dia seguinte à reeleição de Emmanuel Macron, centrista liberal, como Presidente de França, na segunda volta das presidenciais francesas, contra Marine Le Pen, da extrema-direita.
Mas as celebrações ainda não terminaram. Hoje, a partir das 15:00, o edifício do parlamento estará aberto ao público, assim como a residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, desde as 14:30, com circulação entre os dois espaços, onde os visitantes poderão entrar até às 18:00.
Na mesma altura, estará a decorrer o tradicional desfile pela Avenida da Liberdade, em Lisboa, promovido por mais de 40 organizações da sociedade civil, partidárias e sindicais, entre as quais a Associação 25 de Abril, PCP, PS, BE, PEV, CGTP e UGT e respetivas estruturas de juventude e também os partidos Livre e Movimento Alternativo Socialista (MAS).
A comissão promotora desde desfile, marcado para as 15:00, pediu aos órgãos de comunicação social para transmitirem pelas 18:00 a canção-símbolo do 25 de Abril “Grândola, Vila Morena” seguida do hino nacional e a todos os que possam para cantarem às janelas e varandas estas duas músicas, como nos dois anos anteriores de pandemia.
A Iniciativa Liberal voltou a convocar um desfile próprio para as 14:00, a partir da Praça do Duque de Saldanha, em direção à Avenida da Liberdade, ao qual anunciou que se irá juntar a Associação dos Ucranianos em Portugal. Este partido alega que em 2021 tentaram impedir a sua participação nestas comemorações de rua.
Nos jardins do Palacete de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, o 25 de Abril vai ser celebrado com um programa cultural para várias idades, que inclui dança, música e uma exposição de cartazes da revolução e termina com um concerto de Dino d’Santiago.
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