Zelensky tem um "plano de vitória", mas o Kremlin não gosta
Editado por Beatriz Cavaca
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje a introdução de meios de dissuasão não nucleares no seu país, num discurso feito no parlamento ucraniano para apresentar o seu "plano de vitória" na guerra contra a Rússia.
“A Ucrânia propõe a instalação no seu território de um conjunto completo de medidas estratégicas de dissuasão não nucleares, que serão suficientes para proteger a Ucrânia de qualquer ameaça militar da Rússia”, afirmou Zelensky, especificando que este ponto foi detalhado num “anexo secreto” do seu plano de vitória apresentado aos Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e Alemanha.
Além disso, na mesma intervenção, o Presidente ucraniano instou o Ocidente a levantar as restrições ao uso de armas de longo alcance contra a Rússia “em todo o território da Ucrânia ocupado pela Rússia e no território russo”, bem como à continuação da ajuda para reforçar o “equipamento das brigadas de reserva das forças armadas ucranianas”.
Apesar da ambição do plano, parece que este não agradou ao inimigo. O Kremlin rejeitou este "plano de vitória" apresentado pelo Presidente ucraniano.
“O único plano de paz possível é que o regime de Kiev compreenda que a sua política não tem perspetivas e que precisa de acordar”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.
O plano de Zelensky prevê também obrigar a Rússia a sentar-se à mesa das negociações, nomeadamente numa cimeira de paz.
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