O CASCADE’19 é um exercício de proteção civil inédito que decorre entre os dias 28 de maio e 1 de junho e que envolve mais de 3.600 operacionais — 150 dos quais de Espanha, Bélgica, Alemanha, Croácia e França — e 2.200 figurantes. Este realiza-se nos distritos de Aveiro, Évora, Lisboa e Setúbal, sendo que no total vão estar envolvidos 22 municípios que vão ter 60 cenários diferentes para testar a capacidade das respostas local, nacional e internacional.

É neste contexto que se integra a participação da Altice Portugal, que vai operacionalizar três exercícios o seu edifício sede. O primeiro cenário simula um sismo seguido de incêndio; o segundo, e em consequência de um sismo, simula um cenário de derramamento de ácido e, por fim, o terceiro exercício simula um cenário de evacuação de uma sala de supervisão de redes de comunicação.

Em comunicado, a empresa destaca que é "há muito um parceiro exclusivo da proteção civil nacional na área das telecomunicações" e exemplifica esta colaboração com "a implementação da rede básica de comunicações de emergência nacionais, tendo sido a protagonista do modelo de redundância em funcionamento", bem como o "sistema de alertas de sms em 2018".

Ainda no que diz respeito a telecomunicações, um dos temas que tem marcado a atualidade é o processo negocial entre o Governo e os detentores do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), que ainda decorre — a rede SIRESP é detida em 52,1% pela Altice Portugal, 33% pelo Estado e 14,9% pela Motorola Solutions.

O Governo pretende que o Estado passe a deter todas as participações na empresa e o ministro das Finanças, Mário Centeno, classificou as negociações em curso como “urgentes”.

Sobre esta matéria, o presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, garantiu no passado dia 23 de maio que a segurança na rede do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) não será posta em causa, apesar da negociação que ainda decorre.

"No que depende da Altice Portugal com certeza que tudo faremos para garantir, também no âmbito da nossa prestação de serviços à SIRESP, todas as condições de segurança que são possíveis nesta rede, que aliás sempre esteve à altura das expectativas que estavam criadas", afirmou.

CASCADE’19

O ponto de partida para este exercício europeu que começou ontem foi o registo de condições meteorológicas adversas, como precipitação muito intensa no distrito de Aveiro, e um evento sísmico que afeta os distritos de Évora, Lisboa e Setúbal. Estes desencadeiam uma série de ocorrências em cascata, como cheias, poluição marítima, ruturas de barragens, acidentes químicos, colapso de estruturas, acidentes ferroviários e rodoviários, e incêndios urbanos.

Estas ocorrências têm como consequências danos materiais avultados e um número significativo de vítimas mortais.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, o CASCADE’19 visa treinar a resposta internacional na sequência do acionamento do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia e, simultaneamente, a resposta interna a emergências de elevada complexidade.

O exercício será objeto de avaliação por parte de um conjunto de observadores e avaliadores nacionais e estrangeiros como o objetivo de identificar as boas práticas, falhas e constrangimentos, e melhorar aos diversos níveis os processos de gestão das emergências.

O exercício vai permitir aprovar uma diretiva operacional nacional para acolhimento de assistência internacional.

Mais de 20 entidades portugueses vão estar envolvidas no CASCADE’19, que tem um website dedicado (www.cascade2019.pt).

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