"Para que haja mais recursos é necessário que os estados contribuam mais. Por isso, já dissemos que apoiamos a proposta da Comissão, de que a contribuição seja alargada para 1,2% do produto, assim como apoiamos a criação de recursos próprios da União, seja por via da taxação da economia digital, seja por via das transações financeiras, seja por via da economia do carbono", defendeu António Costa.

O primeiro-ministro respondia à presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, no debate quinzenal no parlamento, sublinhando a "vontade nacional" de que a saída do Reino Unido e as novas responsabilidade de segurança, de defesa e migrações, não sacrifiquem a Política Agrícola Comum (PAC) ou a política de coesão.

Assunção Cristas respondeu que também defende a manutenção das verbas nessas duas áreas "tão importantes para Portugal", tendo o CDS materializado essa defesa num projeto de resolução, mas sublinhou que rejeita futuros "impostos europeus".

"O que não nos parece possível nem desejável, porque além do mais aliena uma parte substancial da nossa soberania, é estar a criar impostos europeus em áreas tao sensíveis em que, de resto, estamos a querer criar áreas de grande competitividade, como seja a área digital", defendeu a líder do CDS-PP.

Assunção Cristas defendeu que nos números do crescimento económico se encontrará a capacidade de "acomodar esse aumento de contribuição do Estado português".