Arqueólogos e não só criticaram a decisão, por recearem que a significativa poluição do ar da cidade possa danificar os artefactos. Nos tribunais decorre um processo para suspender a medida.

Mostafa Waziri, que dirige o Conselho Supremo de Antiguidades, disse que as esfinges continuarão dentro de caixas de madeira até à inauguração oficial das obras de renovação, sem indicar uma data para tal.

A Praça Tahrir foi o epicentro do levantamento da designada Primavera Árabe no Egito. Os protestos foram proibidos e a praça está sob forte vigilância policial desde 2013, quando os militares derrubaram o eleito presidente islamita num contexto de protestos em massa contra o seu governo.

Um obelisco descoberto no delta do Nilo a norte do Cairo foi transferido para a praça no ano passado. As esfinges com cabeça de carneiro vieram de Luxor (sul) para o Cairo para serem restauradas.

O presidente Abdel Fattah al-Sissi, que chegou ao poder em 2013, defendeu a medida, assinalando que obeliscos e outros artefactos adornam as praças centrais das cidades ocidentais.

O Egito está a concluir um novo museu perto das pirâmides de Gizé para exibir a sua herança faraónica. Uma peça central da coleção é uma imponente estátua de Ramsés II, que já esteve colocada numa outra praça central do Cairo, ao lado da principal estação ferroviária da cidade. A estátua foi transferida para os arredores da cidade em 2006 devido a preocupações relativas à sua preservação.