Em declarações à Lusa, o bastonário da OA, Guilherme Figueiredo, manifestou a sua satisfação com a aprovação, depois de uma "discussão muito boa", e mostrou-se "convicto de que o sistema de voto eletrónico é o melhor para a advocacia portuguesa, para os advogados e para a Ordem dos Advogados", porque, entre outros, "é mais transparente, mais fácil e tem custos menores".

“Vamos começar desde já a trabalhar no novo regulamento eleitoral, que inclui o voto eletrónico. Temos vindo a preparar exaustivamente este processo desde fevereiro de 2018. As questões técnicas para a eleição de novembro estão pensadas desde o início do ano e temos propostas credíveis que respondem às exigências colocadas no prazo de conclusão definido", refere o bastonário, segundo um comunicado da OA.

"É importante salientar que a infraestrutura vai residir num centro de dados certificado, não propriedade da OA, sem qualquer controlo por parte desta, assegurando segurança da infraestrutura tecnológica que suporta as aplicações disponibilizadas aos eleitores. Há também garantia de segurança relativa à forma como as credenciais de voto são geradas e como são disponibilizadas aos eleitores”, adianta Guilherme Figueiredo no comunicado.

No comunicado, a Ordem refere ainda que "esta era uma das linhas programáticas deste Conselho Geral, desde a tomada de posse em janeiro de 2017 e que esta medida, para além de ir ao encontro da necessidade de inovação crescente nos dias de hoje e com a qual a maioria dos advogados já estão familiarizados, introduz, na opinião do Conselho Geral, transparência, facilidade, fiabilidade, segurança e poupança comparativamente com um sistema de votação tradicional”.

A este propósito, o bastonário refere que o sistema “foi testado, não só no 8.º Congresso da Ordem dos Advogados, como já é aplicado em Portugal noutras associações públicas e noutros países".

A assembleia geral extraordinária da Ordem dos Advogados para decidir a proposta de regulamento eleitoral realizou-se hoje, em Lisboa, após ter sido adiada em finais de junho.

Além do atual bastonário, Guilherme Figueiredo, de Luís Menezes Leitão, Isabel de Silva Mendes e António Jaime Martin, é também candidato à liderança da Ordem Varela de Matos, que já concorreu ao cargo nas anteriores eleições.