“A Assembleia da República, no momento em que se assinala um ano da libertação de Bucha, Irpin e Hostomel, lembra com profundo pesar o massacre de Bucha e todos os massacres que aconteceram em solo ucraniano desde o início da invasão da Ucrânia pela Federação Russa, manifestando ao povo ucraniano todo o seu apoio e solidariedade e condenando veementemente todas as barbaridades e crimes de guerra cometidos pelos militares russos em território ucraniano”, refere o voto, apresentado pela Comissão de Negócios Estrangeiros.

Na exposição de motivos, recorda-se que no início de abril, cerca de um mês após o início da invasão militar da Ucrânia pela Federação Russa, “o mundo foi assolado e assistiu em choque às imagens do massacre na cidade de Bucha, nos arredores de Kiev, território que esteve sob ocupação de tropas russas”.

“A comunidade internacional e também a Assembleia da República têm denunciado reiteradamente, desde o início da guerra, as atrocidades cometidas contra civis, entre os quais mulheres e crianças, apelando inclusive à ação do Tribunal Penal Internacional para apuramento de responsabilidades”, assinala o texto.

No voto, recorda-se que há um ano, o parlamento português “condenou com veemência a invasão e os massacres perpetrados na cidade ucraniana de Bucha”.

“O número exato de pessoas que foram assassinadas é ainda desconhecido. Se há um ano as estimativas apontavam para pelo menos 300 pessoas, encontradas imediatamente após o ataque, sabe-se hoje que seguramente mais de mil civis foram mortos e torturados em toda a região do oblast [região administrativa] de Kiev”, refere-se.

“Quando se assinala um ano do massacre de Bucha, é momento para uma vez mais condenar veementemente estes atos e todos os que aconteceram e continuam a acontecer até aos dias de hoje nas várias cidades e regiões ucranianas, manifestando ao povo ucraniano o nosso profundo pesar e solidariedade, e apelando novamente à responsabilização e punição dos seus autores”, defende o parlamento português.